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Gouveia e Melo garante que já “não há falcatruas” na vacinação

Mário Cruz / Lusa

O coordenador da task-force do plano de vacinação contra a covid-19 considerou que mais pessoas deviam ter prioridade para serem inoculadas, mas a escassez de vacinas não o permite.

Numa entrevista na TVI, Henrique Gouveia e Melo admitiu que mais pessoas deviam estar incluídas no grupo prioritário desta primeira fase da vacinação, mas explicou que tal não é possível devido à escassez de vacinas.

“Se olharmos para a sociedade como um todo, muitos deviam ser prioritários. Dada a escassez de vacinas não podemos vacinar todos (na primeira fase)”, afirmou o vice-almirante.

Questionado sobre o porquê de os professores integrarem a fase prioritária, o responsável explicou que “quem está a decidir sobre as prioridades é a Direção-Geral da Saúde (DGS)”, mas afirmou que se trata de garantir “resiliência” ao Estado.

No entanto, Gouveia e Melo disse compreender que a DGS atue com base num “problema moral” porque, “se obrigamos pessoas a não trabalharem confinadas, devemos conferir-lhes proteção”.

“Se olharmos para a sociedade como um todo há muita gente que devia ter prioridade. Mas sendo as vacinas escassas nesta primeira fase – e a primeira fase tem a ver com a escassez de vacinas porque se houvesse mudança de vacinas as prioridades não seriam tão importantes – e havendo escassez esses grupos tiveram de ser priorizados”, reforçou.

O vice-almirante garantiu ainda que a vontade de corporações e sindicatos não teve qualquer peso na escolha dos grupos prioritários. “Nunca vi, nem cedências, nem pressões de quaisquer corporações e sindicatos”, afirmou.

Ainda no âmbito da “resiliência do Estado”, o vice-almirante disse que 50% dos bombeiros já foram vacinados, sendo que as doses foram administradas àqueles que lidam com o transporte de doentes infetados.

A nível nacional, foram vacinados 1,2 milhões de portugueses com a primeira dose e mais de 500 mil com a segunda, referiu ainda.

São necessários 2500 enfermeiros

O vice-almirante explicou ainda que é possível concretizar o plano do Governo de vacinar 100 mil pessoas por dia em abril, se forem alocados 2500 enfermeiros.

Para isto acontecer, o responsável disse que parte provém do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a outra parte “terá de vir de fora do SNS”, explicando que muitos dos profissionais do Estado disponibilizaram-se para efetuar horários extra.

O coordenador afirmou que no segundo trimestre está prevista a chegada de nove milhões de vacinas, ou seja, menos três milhões do que a quantidade contratualizada com as farmacêuticas.

Apesar de ser “uma dificuldade que a Europa está a tentar colmatar”, o vice-almirante preferiu destacar o facto de que, só no mês de abril, Portugal vai “ter tantas vacinas como no primeiro trimestre”.

Sobre as irregularidades na vacinação registadas no início do plano de vacinação, Gouveia e Melo assegurou que, neste momento, existe um controlo muito superior.

“O processo de controlo é muito mais rígido para evitar interpretações abusivas dos regulamentos. Não tenho conhecimento de falcatruas“, afirmou na mesma entrevista.

Mais de 60 mil profissionais das escolas vacinados

Em comunicado, a estrutura liderada pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo adiantou que, no âmbito da vacinação do pessoal docente e não docente, mais de 71 mil pessoas foram notificadas por mensagem SMS ou por contacto telefónico.

De um grupo inicial de cerca de 78.700 utentes ligados ao setor da Educação, foram excluídos aqueles que já tinham sido vacinados noutros contextos, as grávidas e os que já tinham contraído covid-19, adiantou a task-force.

No total, foram administradas durante o fim-de-semana 60.334 vacinas, 46.182 das quais no sábado e as restantes 14.152 no domingo.

A mesma fonte adiantou que cerca de dois mil utentes serão ainda vacinados nos cuidados primários de saúde, por pertencerem a concelhos com uma baixa taxa de docentes e não docentes elegíveis para receberem a vacina, onde “não se justificava recorrer a estruturas de vacinação rápida”.

“Estima-se que cerca de 2% dos registos eletrónicos de vacinação sejam inseridos ainda nas próximas 72 horas, aumentando, previsivelmente, o número de vacinados em mais cerca de 1400 utentes“, refere a coordenação do plano de vacinação.

Sobre os “casos pontuais” de pessoas que não tiveram oportunidade de ser vacinadas e que foram posteriormente identificadas, a task-force assegurou que serão agendadas para esta semana ou para o fim-de-semana de 10 e 11 de abril.

“Este processo de vacinação, iniciado no último fim-de-semana, ficará terminado em abril, com a vacinação dos docentes e não docentes das creches, dos 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário”, avançou ainda a estrutura.

Fonte: ZAP

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