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Homem mordido por víbora cornuda sai dos cuidados intensivos após toma de antídoto

“O senhor está bem e a situação clínica está a evoluir favoravelmente, depois de lhe ter sido administrado ontem [quarta-feira] ao final da tarde um antiveneno (antídoto), pelo que esta manhã saiu dos cuidados intensivos e regressou à enfermaria”, onde continua em observação, disse à Lusa fonte do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que gere as unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, todas no distrito de Santarém.

O homem, de 60 anos, residente na Portela de Santa Margarida, concelho de Constância, foi internado em Abrantes na terça-feira, onde ficou em observação, depois de ter sido mordido por uma víbora cornuda quando limpava o seu jardim, cerca das 13:00.

Na quarta-feira, um agravamento da sua situação clínica obrigou a internamento na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do Hospital de Abrantes, em estado considerado “grave, mas estável”, tendo-lhe sido administrado um antídoto contra o veneno cerca das 18:00 e ao qual reagiu de forma favorável.

Em declarações à Lusa, o comandante dos bombeiros voluntários de Constância (Santarém), Marco Gomes, contou que na terça-feira foi dado um alerta de socorro para um homem que “andava a arrancar ervas e a cuidar do jardim” quando foi mordido por uma cobra num braço.

O homem, acrescentou Marco Gomes, foi transportado para o Hospital de Abrantes “com muitas dores e grande inchaço”, para acompanhamento médico e vigilância previsível de 72 horas.

Ainda segundo o comandante dos bombeiros voluntários de Constância, após análise da espécie e registo fotográfico de cobra, abatida no local, e depois de chamado o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana (GNR), “chegou-se à conclusão que era uma víbora cornuda, uma espécie não muito habitual na zona, sendo o seu ‘habitat’ em serras e zonas mais rochosas e que habitualmente não ataca se não se sentir ameaçada”.

“O homem, ao estar a arrancar as ervas no jardim de sua casa, deve ter tocado na cobra e esta atacou, sentindo-se ameaçada”, disse, acrescentando que se tratava de um ‘exemplar juvenil’, com cerca de 15 centímetros.

Marco Gomes adiantou ainda que “as víboras cornudas têm em média 50 centímetros na idade adulta” e que nunca tinha acontecido um caso de mordidela com estas cobras na zona.

O comandante dos bombeiros voluntários alertou, por isso, para a importância dos cuidados a ter aquando de uma mordidela deste género ou uma picadela de uma abelha, “situações que podem causar um choque anafilático” devido ao veneno tóxico na corrente sanguínea.

“Quando acontece uma situação destas, o melhor é a pessoa manter a calma, não se enervar e evitar mexer-se para não espalhar o veneno no corpo e ser imediatamente assistido, sendo que, excecionalmente, pode representar risco de vida, nomeadamente em crianças”, notou.

A víbora cornuda tem uma cabeça triangular com um apêndice na zona nasal, o que levou a serem denominadas por cornudas. Tem predominância em Portugal e Espanha e os efeitos da sua mordidela podem durar entre um e três dias. A Organização Mundial de Saúde aconselha vigilância durante 72 horas após a ocorrência.

LUSA/HN

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