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Presidente da SPP alerta para falta de sensibilização sobre o impacto das doenças infeciosas na saúde dos idosos

HealthNews (HN)- Tendo em conta que hoje se assinala o Dia Mundial dos Avós e grande parte da população portuguesa é envelhecida, qual a importância da vacinação a partir dos 60 anos?

António Morais (AM)- As razões para vacinar as pessoas com mais de 60 anos são exatamente as mesmas que nos levam a vacinar maiores de 65 anos. Na verdade, só não vacinamos mais pessoas por causa do número limitado de vacinas. Acabamos por restringir àqueles que têm maior risco de, ao serem infetados pelo vírus da gripe, desenvolver uma doença mais grave. Tem algum paralelo com a questão atual com a pandemia do SARS-CoV-2.

Atualmente, estamos a tentar englobar mais grupos na vacinação, sendo que aquele que tem mais de sessenta anos é um grupo onde já existem uma série de comorbilidades, nomeadamente doença cardíaca, doença respiratória e diabetes.

HN- As doenças infecciosas podem agravar o quadro clínico dos doentes crónicos?

AM- Sim. Os doentes crónicos estão estabilizados sob uma medicação e algo que influencie essa estabilização leva a que haja uma descompensação da doença em questão.

Aquilo que se verifica é que na altura do inverno há um aumento do número de acessos ao serviço de urgência, muito associado a descompensações das doenças crónicas após episódios de infeção pelo vírus da gripe.

HN- Considera que as pessoas estão sensibilizadas para o impacto que as doenças infeciosas podem ter na saúde dos mais idosos?

AM- Provavelmente não quanto seria desejável. O aconselhamento da Direção-Geral da Saúde para a vacinação de maiores de 60 anos é mais recente, de maneira que é natural que a sensibilização para esta questão não seja tão elevada como já é nos maiores de 65 anos.

HN- Em Portugal e no mundo temos assistido à importância da vacinação contra a Covid-19. A pandemia poderá ter contribuído para uma maior consciencialização do papel que as vacinas têm para a saúde pública?

AM- Sem dúvida. Estamos a ver, e penso que ainda veremos isso com maior intensidade, que após o início da vacinação aqueles que são mais “frágeis” estão mais protegidos. Apesar dos valores de incidência por SARS-CoV-2 serem elevados a mortalidade tem diminuído de forma muito significativa, bem como o número de internamentos. Temos um plano de vacinação em massa que tem contribuído a melhoria da situação epidemiológica. Isso leva a uma maior confiança nas vacinas, embora em Portugal não tenhamos tido, nos últimos tempos, problemas na adesão à imunização.

HN- Em Portugal e no mundo temos assistido à importância da vacinação contra a Covid-19. A pandemia poderá ter contribuído para uma maior consciencialização do papel que as vacinas têm para a saúde pública?

AM- Relativamente à vacinação devem ser imunizados. As vacinas, quer antigripal quer contra a Covid-19, são seguras e salvam vidas no sentido de que quem esta vacinado tem menor probabilidade de ser infetado e caso o seja essa infeção se associará a uma doença mais leve e terá maior dificuldade de vir a ter uma descompensação grave da sua doença de base.

Entrevista de Vaishaly Camões

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