Depois de terem atingido o valor mais elevado de sempre em 2020, até junho os profissionais do SNS fizeram quase tantas horas extra como nos primeiros dez meses do ano passado.
Depois de bater um recorde no ano passado, o trabalho extraordinário no Serviço Nacional de Saúde (SNS) nos primeiros seis meses do ano já ultrapassou o total dos primeiros seis meses de 2020. De acordo com os dados disponibilizados no Portal da Transparência do Ministério da Saúde, de janeiro a junho de 2021 foram feitas quase 11,5 milhões de horas extra, avança o i. Este valor representa um aumento expressivo de 41% em relação a 2020.
Tendo em consideração que no início do ano passado ainda não havia casos de covid-19 em Portugal, o acréscimo de trabalho veio a verificar-se nos meses seguintes, os quais foram marcados pelo início da pandemia que trouxe maior pressão nos serviços e mais ausências no trabalho por motivo de doença e isolamento.
Já em 2021, a necessidade de maior recurso a trabalho suplementar começou a verificar-se desde janeiro, especificamente na altura mais crítica da pandemia, sendo que foram nos primeiros três meses do ano que foram feitas mais do dobro das horas extraordinárias do que seria um primeiro trimestre pré-pandémico.
Olhado para o segundo semestre do ano, que se iniciou em julho, continua a verificar-se um aumento de trabalho, o que sugere que em 2021 o volume de trabalho suplementar irá superar os valores de 2020 e bater um novo recorde anual.
No ano passado, foram feitas um total de 17,3 milhões de horas extraordinárias no SNS. Já em 2019, registaram-se 14,5 milhões e em 2021 os primeiros seis meses já contam com quase tantas horas de trabalho suplementar como os primeiros dez meses de 2020.
SO
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