O vice-presidente da bancada parlamentar do PS, Carlos Pereira, disse hoje que o chumbo do Orçamento do Estado para 2022 foi uma “grande irresponsabilidade”.
“É de uma grande irresponsabilidade quem pense que é bom para o país instalar uma crise política e eleições antecipadas e, sobretudo, quem pense que é bom deixar o país sem orçamento, numa altura em que Portugal precisa de um impulso significativo para sair da crise que teve ao longo do último ano e meio”, referiu o deputado madeirense.
Durante a pandemia, “foram tragédias atrás de tragédias, e o que os portugueses queriam agora era levantar a cabeça. Este orçamento era um sinal nesse sentido”, acrescentou, concluindo que “os partidos que votaram contra são responsáveis por travar esse desejo” que “todos os portugueses têm”.
No caso da Madeira, analisou, “houve políticos que fizeram campanha a favor do chumbo”, apesar de Carlos Pereira ter ficado “sem perceber qual era a proposta alternativa a este orçamento”.
O deputado acredita que o chumbo coloca “sérios problemas” ao financiamento do novo hospital da Madeira, bem como vai “travar a recuperação prevista através dos fundos europeus e do PRR”.
“A Madeira precisa recuperar e recuperar com urgência. Felizmente, o turismo está a correr bem, mas é preciso mais. É preciso que haja um Orçamento Regional, mas também é preciso que haja um Orçamento de Estado, que dê o chapéu adequado ao Orçamento Regional”, mencionou.
Carlos Pereira alegou ainda que “ninguém compreende que os partidos não tenham dado a oportunidade à discussão na especialidade, travada de forma insensata pelos partidos à esquerda, onde haveria a discussão durante um mês das propostas” a acomodar.
“O PCP e o BE não quiseram e chumbaram, e portanto serão julgados nas próximas eleições”, sentenciou.
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