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Costa adverte que reindustrialização europeia não pode significar “isolacionismo”

“Não podemos continuar a estar sujeitos a cadeias de valor tão longas, onde o risco de disrupção se multiplica”, declarou António Costa na Assembleia da República, na abertura do debate sobre o Conselho Europeu desta quinta e sexta-feira, em Bruxelas – uma reunião em que estará em discussão a política comercial da União Europeia.

Na sua intervenção, o líder do executivo português defendeu que a recente crise pandémica da Covid-19 “demonstrou a importância da reindustrialização da União Europeia, voltando a produzir bens essenciais à economia e à economia do futuro”.

“Portugal está particularmente bem colocado para desempenhar um papel importante na reconstrução da capacidade de reindustrializar a Europa”, sustentou.

No entanto, logo a seguir deixou também um aviso, em estilo de esclarecimento: “Não podemos entender o reforço da autonomia estratégica da União Europeia como um caminho para o isolamento ou como uma deriva para o protecionismo”.

“Queremos uma Europa mais forte, mas queremos uma Europa aberta ao mundo”, acentuou o primeiro-ministro.

No que respeita à política comercial europeia do futuro, António Costa disse que se irá bater por um reforço do relacionamento transatlântico com os Estados Unidos e Canadá, designadamente ao nível da cooperação tecnológica, mas também com o México e Chile.

“Não podemos perder mais tempo no acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, que é da maior importância”, frisou o primeiro-ministro, antes de se referir ao Indo-Pacífico.

Aqui, António Costa destacou a reabertura das negociações para um acordo de comércio e investimento com a Índia – “uma oportunidade aberta pela presidência portuguesa e que não pode ser desperdiçada”.

Depois de uma alusão à importância de se concluir um acordo comercial com a Nova Zelândia, o primeiro-ministro deixou o seguinte recado a propósito da questão diplomática com o Governo de Camberra: “As negociações do acordo comercial com a Austrália não devem ser contaminadas por conflitos bilaterais”.

“Embora seja devida total solidariedade aos nossos parceiros europeus afetados, não se pode desvalorizar a importância de termos uma posição capital. Se não tivermos, ficaremos simplesmente ciumentos da relação que os Estados Unidos hoje possuem com o Indo-Pacífico e amedrontados com o peso crescente da China nessa região”, advogou, sem nunca se referir diretamente à posição de França.

Ora, para António Costa, “a Europa não tem de ser ciumenta, não tem de se amedrontar”.

“A Europa tem de se afirmar também na região do Indo-Pacífico e tem caminho para o poder fazer”, acrescentou.

LUSA/HN

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