Costa salienta que manterá Governo mesmo em regime de duodécimos
Esta posição foi transmitida por António Costa na parte final do discurso que proferiu no encerramento do debate parlamentar do Orçamento, momentos antes de o diploma do Governo ser rejeitado na generalidade.
Na sua intervenção, antes da votação, o líder do executivo colocou o cenário do chumbo da proposta de Orçamento, dizendo que “cá estará o Governo para garantir condições de governabilidade, mesmo em duodécimos”.
“Nunca viramos as costas à adversidade”, declarou, pronunciando-se depois sobre a intenção já comunicada pelo Presidente da República de dissolver a Assembleia da República.
Se houver eleições legislativas antecipadas, António Costa frisou que as disputará “para prestar contas e mobilizar os portugueses para criar as condições de governabilidade que hoje deixam de existir”.
“Para conduzirmos Portugal para um futuro de progresso, de modernidade e de justiça que os portugueses merecem. Pedindo de novo emprestadas ao Jorge Palma as suas palavras, enquanto houver vento e mar a gente não vai parar. Nós não vamos parar”, salientou.
Nesta parte final do seu discurso, o primeiro-ministro referiu-se ao que poderá fazer o chefe de Estado na sequência do chumbo da proposta de Orçamento.
A dissolução do parlamento e a convocação de eleições antecipadas “é uma competência própria do Presidente da República que o Governo não comenta”.
“Respeitamos qualquer que venha a ser a opção final que tome. Pela nossa parte, não viramos as costas às responsabilidades. Não o fizemos nos momentos nos momentos difíceis em que a Comissão Europeia nos ameaçava com sanções, nem o fizemos com a pandemia de covid-19”, declarou.
António Costa disse que na nova conjuntura o eu Governo “será o referencial de estabilidade e de equilíbrio responsável, que garante condições de governabilidade por mais adversas que sejam”.
“E esse o nosso dever institucional, mas é sobretudo o nosso dever para com os portugueses, num momento em que Portugal está a sair da mais profunda crise económica que teve de enfrentar”, sustentou.
Depois, retomou uma ideia que já tinha deixado no discurso inicial que fez neste debate orçamental, na terça-feira.
“A última coisa que os portugueses merecem é uma crise política neste momento e nestas circunstâncias”, acentuou.
LUSA/HN
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