OE2022 era “insuficiente e insatisfatório”, diz Sara Madruga da Costa
Sara Madruga da Costa justificou o voto contra dos três deputados madeirenses do PSD ao Orçamento do Estado para 2022, por ser um documento “insuficiente e insatisfatório” para a Madeira.
A deputada madeirense, que alinhou com a sua bancada parlamentar no voto contra, lembrou que o orçamento cortava em 15 milhões de euros as transferências para a Madeira, numa altura em que a região até deveria ser “compensada devido à recuperação económica”.
Além disso, a proposta ignorava um conjunto de matérias “muito importantes para a Madeira, que nós conseguimos fazer aprovar no último orçamento, nomeadamente o subsídio social de mobilidade, a ligação ferry, a remodelação das esquadras da PSP, majoração do financiamento da UMa e o Passe23”.
“São uma série de dossiers que não foram executados pelo governo e que nesta proposta, pura e simplesmente, nem aparecem como compromissos para a Região”, evidenciou.
Em relação ao novo hospital, prosseguiu Sara Madruga da Costa, a proposta “continuava a não clarificar” o cumprimento integral dos 50% de financiamento da nova unidade, bem como não correspondia ao desejo do financiamento do helicóptero de combate a incêndios.
“O que consta da proposta do OE é insuficiente e insatisfatório e, portanto, não poderia merecer outro voto da nossa parte que não o voto contra”, sentenciou.
Relativamente a possíveis contactos que pudessem ter existido entre os três deputados madeirenses do PSD e a bancada do PS, na sequência da abertura de Miguel Albuquerque para conversar com os socialistas, Sara Madruga da Costa não se quis pronunciar sobre o assunto.
“Eu não me vou pronunciar sobre essa matéria, o que lhe posso dizer, e reafirmando o que o presidente do partido disse, o nosso interesse desde a primeira hora é o interesse da Madeira”, disse.
A deputada do PSD também evitou comentar a sua eventual disponibilidade para se recandidatar à Assembleia da República. “Acabámos de chumbar um orçamento, e, portanto, não vou entrar nessas decisões que são do presidente do partido e da Comissão Política Regional”.
Ainda assim, disse ter o sentimento de “dever cumprido”, pois fez “tudo para defender da melhor forma que soube e pôde os interesses da Madeira”.
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