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Pandemia da obesidade infantil continua a aumentar na Europa

João Breda, que é senior adviser do gabinete europeu da OMS e falava em Lisboa, disse ainda que, apesar da redução nalguns indicadores, nenhum país europeu deverá conseguir atingir as metas definidas pela OMS para esta área e sublinhou a importância de conhecer os impactos da pandemia.

O responsável falava na abertura da Conferência do Centro Colaborativo da Organização Mundial de Saúde em Nutrição e Obesidade Infantil, onde foi anunciado que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) vai liderar um estudo europeu para avaliar o impacto da pandemia covid-19 no estado nutricional e no estilo de vida de crianças em idade escolar.

Este estudo pretende conhecer e compreender, no continente europeu, o impacto da pandemia nas rotinas diárias, bem-estar, hábitos e comportamentos alimentares, atividade física, variáveis socioeconómicas e perceção do estado nutricional de crianças dos 6 aos 10 anos.

Também presente na sessão de abertura, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, frisou a importância de conhecer a situação atual, sublinhando que “a pandemia trouxe mudanças sem precedentes (…), alterou padrões e modelos de alimentação”.

Lacerda Sales lembrou que Portugal, em uma década, baixou da 2.ª para 14.ª posição dos países com maior prevalência do excesso de peso e obesidade infantil, um resultado que considerou bom, lembrando, contudo, que a pandemia trouxe alterações significativas na vida das crianças.

Sales disse ainda que com a pandemia houve um aumento de consumo de snacks e que algumas mudanças “podem não ter efeitos imediatos”, fazendo com que os impactos sejam diferidos no tempo.

“É muito importante ter o conhecimento da situação atual”, afirmou, lembrando algumas medidas tomadas ao longo do tempo nesta área, como o imposto sobre os refrigerantes, a retirada das máquinas de doces das escolas, as alterações na quantidade de sal do pão e a lei que regula a publicidade alimentar dirigida a crianças.

“Mas ainda há muito a fazer”, disse o responsável, insistindo na necessidade de reorientar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), sobretudo ao nível dos cuidados de saúde primários, para permitir detetar precocemente os riscos de obesidade e promover a alimentação saudável.

O diretor geral do Gabinete Europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS/Europa), Hans Kluge, destacou as conquistas portuguesas ao nível da obesidade infantil e da vacinação covid-19 e sublinhou a necessidade de “não deixar ninguém para trás”, lembrando estudos que indicam que quem sofre de obesidade tem mais risco de desenvolver estados graves de covid-19.

Apelando a uma nova fase de colaboração de Portugal com a OMS, Hans Kluge salientou que o país foi um dos poucos que conseguiu reduzir a prevalência da obesidade infantil.

Segundo os dados hoje divulgados na mais recente ronda do estudo COSI Portugal, sistema de vigilância nutricional infantil, as prevalências de excesso de peso e obesidade infantil baixaram em todas as regiões do país entre 2008 e 2019, mas este problema ainda atinge uma em cada três crianças em Portugal.

LUSA/HN

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