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Já há enfermeiros e médicos a recusarem responsabilidades no SNS

José Sena Goulão / Lusa

A ministra da Saúde, Marta Temido

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) vive uma situação “explosiva” com os problemas a acumularem-se. A falta de condições já está a levar milhares de enfermeiros e médicos a entregarem pedidos de escusa de responsabilidades, alegando que não podem tratar os pacientes com “segurança e qualidade”.

Nos últimos tempos, surgiram várias notícias sucessivas sobre pedidos de demissão em bloco em hospitais do SNS, nomeadamente em Setúbal, Braga, no Porto e em Lisboa.

Agora, sabe-se que há enfermeiros e médicos a apresentarem pedidos de escusa de responsabilidades por não terem condições para tratar os doentes.

No caso dos enfermeiros, já foram apresentados mais de mil pedidos destes por “falta de condições para cuidar dos doentes com segurança e qualidade”, segundo apurou o Jornal de Notícias (JN).

“Em Faro, praticamente todas as equipas do Serviço de Urgência apresentaram escusas”, revela à publicação a bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE), Ana Rita Cavaco.

No Hospital de Leiria foram apresentados 1106 pedidos, sobretudo devido a “défice de pessoal e dinâmicas de serviços”, como explica ao mesmo jornal o presidente da secção regional do centro da OE, Ricardo Correia de Matos.

O JN avança ainda que no Hospital das Caldas da Rainha surgiram 136 escusas e que no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra foram apresentados 75 pedidos no principal Serviço de Urgência.

A situação “é explosiva”, sublinha ao JN o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, que revela que também nesta classe profissional estão a surgir pedidos de escusa de responsabilidades.

Miguel Guimarães nota que há escusas em especialidades como Pediatria, Obstetrícia e Cirurgia Geral em vários hospitais.

A situação “é tão grave que já nem os porta-aviões escapam”, aponta ainda o bastonário referindo-se aos grandes hospitais do país.

“Problema gravíssimo de recursos humanos”

“São gritos de alerta que se vão multiplicar e reproduzir pelo país fora e não são os sindicatos que estão a estimular isto. São movimentos espontâneos”, repara no JN o presidente da Federação Nacional de Médicos, Noel Carrilho.

A falta de médicos e de enfermeiros é “um problema gravíssimo de recursos humanos”, salienta ainda no mesmo jornal o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha.

Desde Maio passado, até quando estiveram proibidas as rescisões no SNS por causa da pandemia de covid-19, 400 médicos abandonaram as unidades de saúde públicas, segundo dados avançados pela CNN Portugal. E este número não inclui os profissionais que se reformaram, assegura o canal.

A ministra da Saúde, Marta Temido, deverá ser confrontada com todos estes problemas nesta quarta-feira, quando for ao Parlamento, a pedido do PCP, para explicar a situação no Hospital de Setúbal. A governante vai ser bombardeada com todas as dificuldades que o SNS atravessa – e não são poucas!

  ZAP //

Fonte: ZAP

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