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A variante Ómicron é mais contagiosa. Mas terá um período de incubação mais rápido?

Os estudos preliminares sugerem que o período de incubação pode ser de três dias. Isso quererá dizer que, depois de contagiado, o infetado poderá transmitir o vírus logo no dia seguinte

A variante Ómicron é mais contagiosa dos que as anteriores, alguns estudos e a forma como se espalhou rapidamente por diversos países assim o indicam. Mas será que o período de incubação e, consequentemente, a altura em que se passa a contagiar outras pessoas é mais curto? Os dados ainda são preliminares, mas sugerem que sim.

Desde o princípio da pandemia que as variantes se comportam de maneira diferente. No início, o período de incubação da doença foi estimado entre 2 e 14 dias pelas autoridades de saúde norte-americanas (Centers for Disease Control and Prevention, CDC) e chinesas (China’s National Health Commission), sendo que a Organização Mundial da Saúde fixou a incubação em 2 a 10 dias.

No entanto, com a evolução pandémica e o surgimento de novas variantes esse tempo foi sendo encurtado. O período de incubação da variante Alpha foi estimado em cinco dias e o da Delta em quatro dias.

Agora, para a variante Ómicron alguns cientistas acreditam que essa fase foi encurtada para três dias. Os resultados são, como se disse, preliminares, há ainda muito por descobrir sobre esta variante que foi detetada há apenas algumas semanas.

Mas se esses três dias se confirmarem, isso poderá querer dizer que uma pessoa depois de infetada possa contagiar outra logo no dia seguinte. Quanto menor for o período de incubação, menor é o tempo em que a pessoa se torna contagiosa.

“Ainda não se sabe o período de incubação da Ómicron”, ressalva o virologista Pedro Simas, mas, neste coronavírus, “sabe-se que um dia ou dois antes a pessoa já é contagiosa”. Se o período da Ómicron for de três dias, “ao fim de um ou dois dias pode estar contagiosa”.

Um dos poucos casos estudados passou-se num restaurante em Oslo, na Noruega, onde 117 pessoas se reuniram para uma festa de Natal. Estavam todas vacinadas e com teste antigénio feito um dia ou dois antes. Neste grupo encontrava-se uma pessoa acabada de regressar da África do Sul, país onde se detetou pela primeira vez a Ómicron. Os infetados pelo viajante (74% dos presentes) reportaram sintomas entre um a oito dias depois da festa, sendo que a média foi de três dias.

“Uma maior carga viral da Ómicron poderia levar a uma maior contagiosidade e a que essa começasse mais cedo, mas é apenas uma hipótese, não está nada estabelecido”, explica Luís Graça, imunologista do Instituto de Medicina Molecular.

Um estudo, também preliminar e ainda não revisto pelos pares, da Universidade de Hong Kong, sugere que a Ómicron poderá ser mais transmissível do que a Delta devido à sua capacidade de replicação, que é 70 vezes maior nos brônquios, enquanto nos pulmões a carga viral é dez vezes menor, sugerindo menor letalidade. Para Pedro Simas essa pode ser a explicação para “ser menos severa”, mas mais transmissível. “Replica-se melhor na nasofaringe, mas menos no pulmão e isso torna-a mais contagiosa”, acrescenta.

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