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SNS. Despesas com horas extra e prestações de serviço ultrapassa já os 400 milhões de euros

Entre janeiro e setembro deste ano, as despesas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com horas extraordinárias e prestações de serviço já ultrapassaram os 400 milhões de euros, revelam dados disponibilizados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) ao Público.

O grupo profissional com mais horas extra realizadas são os enfermeiros, que contam com um valor acumulado de 5,5 milhões de horas, as quais se traduziram em 80,7 milhões de euros. Já os médicos realizaram perto de 4,4 milhões de horas suplementares, sendo que os seus encargos financeiros têm mais peso para as despesas do SNS (141,7 milhões de euros). Os restantes profissionais realizaram, no mesmo período, perto de sete milhões de horas extra, o que corresponde a 77,1 milhões de euros.

No total, o número de horas extraordinárias realizadas pelos profissionais de saúde (16,9 milhões) corresponde a um custo de 299,6 milhões de euros, o qual continuará a subir, uma vez que estes dados só correspondem aos primeiros nove meses de 2021 e os relativos às horas suplementares realizadas em outubro – já disponíveis no portal do SNS – revelam que este número já ascendeu às 18,5 milhões.

Tendo em conta que 2020 já tinha sido um ano recorde no que concerne o número de horas extra realizadas – justificado pela pressão da pandemia covid-19 no sistema de saúde português -, os números dos primeiros nove meses de 2021 já ultrapassam o total do ano integral de 2020, no qual o SNS teve como despesa total com horas extra 322,4 milhões de euros.

As prestações de serviço também são outro recurso do SNS que procura colmatar a falta de recursos humanos e completar escalas de urgência e centros de saúde que procuram dar resposta ao número elevado de utentes sem médico de família. Entre janeiro e setembro deste ano, o SNS já gastou 105,7 milhões de euros com esta rubrica – o que corresponde a 3,6 milhões de horas pagas -, segundo dados da ACSS.

“O gasto em horas extra é absoluta incompetência, porque o ministério paga mais do que se contratasse enfermeiros com vínculos duradouros”, diz a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco. Segundo defende também o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, estes dados só vêm “demonstrar que a propalada contratação de médicos é uma falácia”.

SO

Fonte: Saúde Online

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