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Células estaminais do cordão umbilical melhoram sobrevivência de doentes com cirrose hepática

Os novos dados, publicados recentemente na revista científica Hepatology International, vão ao encontro dos estudos clínicos realizados na última década, que têm demonstrado o benefício destas células no tratamento de doenças do fígado em estado avançado.

A doença hepática crónica – que se encontra entre as dez principais causas de morte em Portugal – conduz frequentemente ao desenvolvimento de cirrose hepática, caracterizada pela substituição do tecido hepático saudável por tecido fibroso, semelhante ao de uma cicatriz, incapaz de realizar as suas funções normais. Além da diminuição da função hepática, a cirrose, quando descompensada, pode provocar hemorragias do trato gastrointestinal, encefalopatia (inflamação do cérebro), icterícia (pele e olhos amarelados), acumulação de fluido na cavidade abdominal e a morte.

“É nestas situações de descompensação que a administração de células estaminais do tecido do cordão umbilical poderá ser uma opção”, afirma a Dr.ª Bruna Moreira, investigadora do Departamento de I&D da Crioestaminal. “A procura por alternativas terapêuticas mais eficazes deve-se ao facto de as estratégias de tratamento convencionais se revelarem, em certos casos, insuficientes para controlar a doença”, sublinha.

Este ensaio clínico, realizado na China, incluiu 111 doentes no grupo controlo, tratados recorrendo às abordagens convencionais, e 108 doentes no grupo experimental que, além do tratamento convencional, receberam três infusões de células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical, administradas com quatro semanas de intervalo. Os participantes foram acompanhados ao longo de cerca de seis anos após o início do estudo.

Os resultados revelaram que o tratamento com células estaminais mesenquimais do tecido do cordão umbilical esteve associado a melhorias na função hepática durante o primeiro ano de seguimento. Adicionalmente, a análise dos resultados indicou que o tratamento experimental permitiu melhorar a taxa de sobrevivência entre os 13 e os 75 meses de acompanhamento, sem evidências de efeitos adversos significativos a curto ou longo prazo.

Os autores referem que a melhor taxa de sobrevivência associada ao tratamento com células estaminais poderá dever-se aos efeitos regenerativos, imunomoduladores e anti-inflamatórios destas células, e que os resultados indicam que este benefício só se torna evidente 13 meses após o tratamento experimental.

De acordo com este estudo, a administração de células estaminais do cordão umbilical é segura e capaz de trazer benefícios aos doentes com cirrose hepática decorrente da infeção pelo vírus da hepatite B. As conclusões apresentadas devem ser confirmadas em ensaios clínicos de maior dimensão, envolvendo vários centros de tratamento.

PR/HN/Rita Antunes

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