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Covid-19: Conselho de Ministros reúne-se hoje para rever medidas. Saiba o que está em cima da mesa

Um dia depois do encontro no Infarmed, o Governo reúne-se esta quinta-feira em Conselho de Ministros, como é habitual, para avaliar a situação pandémica, devendo mesmo assumir que as escolas vão reabrir dia 10 de janeiro, como estava previsto.

Segundo informações obtidas pelo ‘Público’, a decisão está relacionada com uma atualização das normas de isolamento, ontem divulgada pela Direção Geral da Saúde (DGS), na qual se estipula que as crianças que tenham contacto com um caso positivo de covid-19 na escola não têm de ficar isoladas.

De acordo com Graça Freitas, só serão considerados contactos de alto risco as crianças que vivam na mesma casa que alguém com Covid-19, pelo que ficam isoladas, já que não têm reforço da vacina.

Com isto, “acabou o confinamento de turmas”, havendo por isso condições de o ensino ser menos afetado devido às novas regras, tal como explicou uma fonte do Governo ao jornal.

Para além disso, o Governo vai também decidir hoje sobre a manutenção ou não das regras em vigor, nomeadamente a exigência de testes e de certificado de vacinação para ter acesso a alguns espaços, por exemplo, aeroportos. Mas não será aprovado nenhum agravamento de medidas.

Peritos pedem alívio de restrições, mas com manutenção de regras gerais 

Raquel Duarte, especialista do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), defendeu ontem, na reunião do Infarmed, um alívio de medidas, ainda que com a possibilidade de voltarem a ser impostas em situação de alerta.

Segundo a especialista, o plano para os próximos tempos deve passar pela redução das medidas restritivas e uma transferência da avaliação do risco para a população.

A proposta inclui ainda a manutenção de uma série de medidas gerais, entre as quais o uso dos certificados digitais, os testes frequentes ou a proibição de consumo de bebidas alcoólicas na via pública.

Ainda assim, existem “sinais de alerta”, incluindo os internamentos e outras linhas vermelhas, que permitam ativar restrições caso seja necessário, uma possibilidade que a investigadora não descarta.

Caso a pandemia se agrave e seja ativada a situação de alerta, há medidas que devem entrar em vigor, incluindo o teletrabalho sempre que possível, a intensificação de testes, a limitação da lotação na restauração e nos eventos públicos.

Aposta na autoavaliação do risco

Na sua intervenção de ontem, Raquel Duarte pediu ainda uma melhor comunicação de risco perante o público, com a mensagem a centrar-se em assuntos como o modo de fazer o autoteste e o que fazer perante um resultado positivo.

Foi também feito um apelo ao envolvimento comunitário no combate à pandemia, mantendo-se o uso de máscara, entre outras medidas de segurança, mas privilegiando a autoavaliação do risco.

Segundo a investigadora do ISPUP, a autoavaliação do risco e a responsabilização de cada cidadão devem ser integradas nesta nova estratégia de combate à Covid-19.

Esta ideia foi corroborada mais tarde pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que disse que os portugueses “sempre perceberam e atuaram em conformidade (com a pandemia)”. “Apelos das autoridades tiveram sempre uma resposta massiva”, acrescentou.

Para Marcelo, a população tem mostrado “uma alta literacia, no domínio da proteção da sua saúde e da saúde de todos”, disse, sublinhando que é útil reconhecer agora a capacidade dos portugueses para “assumirem uma autogestão da pandemia”, como foi defendido por Raquel Duarte.

Portugal bate recorde de cerca de 40 mil casos diários

A reunião de hoje surge um dia após Portugal ter registado um novo máximo diário de infeções, com quase 40 mil contágios, o número mais alto desde que começou a pandemia. Já na semana passada tinha sido ultrapassada a barreira dos 30 mil casos diários.

Apesar deste aumento exponencial de casos, os indicadores de gravidade da doença – mortes e internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) – estão para já estabilizados, não oferecendo por enquanto motivo para alarme.

O boletim epidemiológico diário de ontem da DGS regista 14 óbitos, dos quais seis ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, quatro no Centro e outras quatro no Norte.

Quanto aos internamentos, verifica-se um novo crescimento do número de internados em enfermaria, contabilizando 1.251 internamentos, mais 48 do que na terça-feira. Mas as UCI verificaram uma diminuição nas últimas 24 horas (menos quatro), totalizando agora 143.




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