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Economistas esperam “continuidade” nas relações económicas luso-alemãs

“Não prevejo que haja uma modificação substancial da posição alemã em relação a Portugal”, disse à Lusa o bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça.

Também Ricardo Cabral, professor do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG), acredita numa “linha de continuidade em relação à política definida pelo anterior governo alemão”.

Contudo, adverte que “a questão fundamental será o posicionamento do novo Governo da Alemanha em relação a eventuais alterações às regras orçamentais europeias (atualmente ainda suspensas) e à própria regra travão à dívida da Constituição da Alemanha”.

Por outro lado, Ricardo Cabral alerta para que “a indústria da Alemanha está sob enorme pressão e é provável uma redução dos fluxos de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) da Alemanha [com Portugal]”.

O economista disse, em declarações à Lusa, que o Governo alemão enfrenta “três grandes desafios muito mais importantes do que Portugal”, entre os quais a estabilidade política interna, o diferendo entre a Rússia e os EUA e a estabilização macroeconómica da zona euro, depois da crise económica provocada pela pandemia.

“A nível das importações/exportações [entre os dois países], assumindo um cenário de consolidação da retoma económica sem novas crises, é provável que tanto as importações como as exportações continuem a crescer a taxas razoáveis”, antecipa.

Ainda assim, António Mendonça, que é também professor catedrático do ISEG e foi ministro das Obras Públicas, considera que a evolução da relação económica entre os dois países “dependerá da atitude do Governo português e da sua capacidade de produzir projetos com coerência que sejam atrativos do ponto de vista do investimento, tendo em conta as prioridades definidas pelo Governo alemão”.

O bastonário da Ordem dos Economistas admite que “alterações sempre existirão”, mas defende que a evolução das relações económicas luso-alemãs irá depender “das dinâmicas relativas dos dois países e da capacidade do Governo e das empresas portuguesas de atraírem investimento”.

“A Alemanha é, a par da Espanha e da França, um dos três principais parceiros comerciais de Portugal e tendo em conta a evolução previsível da economia portuguesa, deverá continuar a sê-lo. Não parece possível, a curto prazo, alterar significativamente a dinâmica relativa dos fluxos”, refere.

António Mendonça considera que a um nível geral não deverão existir “modificações substanciais em resultado da entrada em funções do novo governo alemão”, justificando que a Alemanha tem revelado ao longo dos anos “coerência e consistência estratégica”, quer “no plano das opções macroeconómicas e da sua relação com o projeto de integração europeia, seja no plano de atuação das suas empresas”.

LUSA/HN

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