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“Empatia com pais de uma criança que morre deve ser pelo estar, não por opinar nas redes sociais”, diz psiquiatra

A psiquiatra, Ana Vasconcelos, criticou os comentários feitos nas redes sociais, sobre a morte da criança de seis anos no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, sublinhando que podem ter um impacto muito negativo nos familiares da vítima.

Segundo o ‘Diário de Notícias’ (DN), muitos dos comentários não são sobre o desgosto de pais que perdem filhos, nem sobre como fazer o luto ou como ajudar a superar a perda, mas sim, sobre as vacinas e os seus efeitos, o que não devia acontecer.

“Nesta altura, a única coisa a fazer é mandar calar as redes sociais”, porque mesmo que o motivo aparente seja solidariedade ou empatia com os pais, “as redes sociais só têm de se calar”, defende Ana Vasconcelos, em declarações ao jornal.

Segundo a responsável, “a pior coisa que há para alguém que entra num desgosto máximo, que é o de perder um filho (…) é haver situações, comentários, reações que lhes possam colocar um processo de culpabilização em cima ou dúvidas sobre se fizeram tudo o que deviam ou não”.

A psiquiatra sublinha que alguns comentários não passam de “más-línguas, que não podem ser atiradas para quem está a iniciar um desgosto pela perda de uma criança”, aponta sublinhando que quem escreve não conhece a dor dos outros.

Por isso, Ana Vasconcelos alerta que “num caso destes, a empatia com os pais deve ser no estar, pelo modo de se ser pai, avô, filho, amigo, e nunca pelo opinar, pela má-língua de dar opiniões sobre a situação ou sobre culpados.”

Recorde-se que a criança de seis anos morreu no domingo no hospital Santa Maria em Lisboa, uma semana antes de ter recebido a vacina contra a Covid-19, devido a uma paragem cardiorrespiratória.

O Infarmed já confirmou que recebeu a notificação de suspeita de reação adversa neste caso “e que a mesma se encontra a ser tratada pelo Infarmed em conjunto com a Unidade Regional de Farmacovigilância de Lisboa, Setúbal e Santarém”, adiantou à Lusa.

Segundo o regulador nacional, estão a ser recolhidos “dados adicionais por parte do notificador para análise e avaliação da imputação de causalidade, uma vez que, não sendo a aparente relação temporal o único determinante na avaliação da causalidade, é necessário proceder à recolha de toda a informação clínica”.

O Instituto de Medicina Legal já concluiu a autópsia à criança mas ainda vão ser necessários exames complementares de anatomia patológica e toxicologia, que fazem com que o resultado só seja conhecido dentro de um mês.




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