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Falta de médicos e enfermeiros? Nunca houve tantos profissionais no SNS

Anna Shvets / Pexels

Nunca houve tantos profissionais no Serviço Nacional de Saúde, mas os sindicatos e as ordens questionam-se: “Onde é que eles estão?”

A narrativa sobre o estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS) parece consensual: há um falta de médicos e enfermeiros. Aliás, os próprios partidos, nos seus respetivos programas eleitorais, fazem promessas para tentar remediar a situação.

No entanto, o número de profissionais a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) nunca foi tão elevado, avança o Público, com base nos dados do Portal da Transparência do Ministério da Saúde.

Em dezembro, contabilizavam-se 148.452 profissionais no SNS, entre médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, técnicos de diagnóstico e terapêutica e outros — mais 3.836 do que no final de 2020.

Os dirigentes das ordens profissionais e dos sindicatos dos médicos e dos enfermeiros desconfiam destes dados e salientam que é necessário interpretá-los com cuidado. Isto porque há cada vez mais profissionais a trabalhar em part time, por exemplo.

O problema destes dados é que “estamos a contar o número de trabalhadores e não o tempo de trabalho”, avisa o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), Alexandre Lourenço. “Só com a redução para 35 horas semanais perdemos cerca de 15% da massa de trabalho”.

“O modelo atual de organização não funciona há muitos anos. Por mais pessoas que se contratem não resolvemos o problema”, acrescenta o presidente da APAH.

Na sua ótica, a solução tem sido contratar mais “em vez de resolver o problema dos trabalhadores que estão no SNS”.

“Onde estão todos estes novos trabalhadores?”. Esta é a pergunta feita pelos sindicatos e ordens.

“É a magia dos números. Se eu for renovando contratos com enfermeiros de quatro em quatro meses, num ano dá três”, atira a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco.

Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, salienta que a contratação de enfermeiro veio no contexto da pandemia de covid-19, mas “havia uma carência estrutural já antes”.

“Em vez de contar cabeças, o ideal seria contabilizar horas de trabalho”, realça o ex-secretário de Estado da Saúde Manuel Delgado em declarações ao Público.

  ZAP //

Fonte: ZAP

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