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Especialistas pedem melhoria no acesso de cuidados de saúde da visão

Representantes de entidades de Optometria de países como EUA, Brasil, Equador e Portugal discutiram na semana passada os principais problemas no que respeita ao acesso a cuidados para a saúde da visão e regulamentação da profissão de optometrista. O encontro online surgiu a propósito do Dia Mundial da Optometria.

“Portugal é o segundo país no Mundo com população mais envelhecida. Cerca de 7.4% da população apresenta deficiência visual e cegueira. Vamos, sem dúvida, enfrentar desafios muito significativos dado que a visão é afetada nomeadamente por questões patológicas com a evolução da idade”, adverte Raúl de Sousa, Presidente da (APLO), que falava no decorrer do webinar ”Cuidados Para a Saúde da Visão e Optometria no Mundo’.

Em representação do Brasil, Alexandre Classman, do Conselho Regional de Óptica e Optometria do Rio Grande do Sul, destacou o acesso deficitário que continua a caraterizar o país no que respeita a cuidados da visão. “Aqui, temos o SUS, que é o sistema de saúde gratuito onde 99.9% da atividade é exercida por oftalmologistas. Temos um longo caminho a percorrer. Tal como o que acontece em Portugal, também aqui uma pessoa demora entre dois a três anos para ter uma consulta o que faz com que algumas patologias fiquem pelo caminho cegando centenas de pessoas”.

Carlos Chacón, da Federação de Optometristas do Equador, afirmou que “é iminente que a profissão de optometrista ascenda ao primeiro nível de cuidados de saúde. Aqui, também não estamos integrados no sistema. É importante melhorar e ajustar a lei que existe [desde 1979] e torná-la mais abrangente”

Em representação da Associação Americana de Optometria, Robert Layman destacou que “na América não há um serviço nacional de saúde. A maioria das pessoas recorre a consultórios privados. O custo elevado de uma consulta é a principal barreira no acesso”, atestou o responsável. Os optometristas são a espinha dorsal da prestação de cuidados para a saúde da visão nos EUA. O acesso a cuidados para a saúde da visão é generalizado e altamente valorizado.

No seu discurso, o presidente da APLO, Raúl de Sousa, defendeu ainda que “Portugal não está preparado” para atingir os objetivos estipulados, para 2030, pela Organização Mundial da Saúde, no que concerne a aumentar em 40% a cobertura de erros refrativos e em 30% a cobertura de cirurgia da catarata”.

“Não há sensibilização dos próprios cidadãos. Apesar da prevalência elevadíssima e de constituírem os cuidados de saúde de especialidade mais frequentes nos seres humanos, não há uma estratégia nacional, não há planeamento da força de trabalho, nem integração dos cuidados, desde os cuidados de saúde primários até ao nível hospitalar. Não se entende como é que a Visão, sendo uma função tão importante, não mereça outro destaque”, disse o presidente da APLO.

PR/HN/Vaishaly Camões

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