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Politécnico da Guarda usa técnica de impressão de órgãos para tratamento de doenças cardiovasculares

Segundo o IPG, a iniciativa surge no âmbito do projeto BioimpACE, que junta investigadores portugueses e espanhóis da área da medicina regenerativa e personalizada.

O IPG referiu, em comunicado enviado à agência Lusa, que “está a desenvolver um hidrogel para a regeneração do tecido cardíaco e a produzir estruturas vasculares para substituir vasos sanguíneos através da bioimpressão: uma técnica de impressão 3D aplicada à saúde que permite recriar a estrutura nativa dos tecidos e reestruturar o tecido lesado”.

“Em Portugal, as doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte – cerca de 35 mil óbitos por ano – representando um terço da mortalidade de todo o país. Por essa razão, consideramos que é crucial conceber novas técnicas para tratar problemas como o enfarte, a insuficiência cardíaca ou a endocardite”, afirmou a investigadora Paula Coutinho.

A responsável pelo projeto acrescentou que “a impressão 3D está a revolucionar o setor da saúde, permitindo desenvolver aplicações inovadoras na área da medicina regenerativa”.

“Exemplo disso são as estruturas vasculares produzidas com materiais que se degradam naturalmente no organismo. Estas funcionam como um substituto de suporte ao crescimento celular, que promove a regeneração dos vasos sanguíneos do paciente”.

Para além dos projetos ligados aos problemas cardiovasculares, a iniciativa “também investiga a bioimpressão de tecido ósseo e a produção de lentes de contacto modificadas para a libertação controlada de fármacos”, adiantou o IPG.

“O tratamento de patologias oculares recorre à administração de pomadas e colírios, o que apresenta várias desvantagens, sobretudo porque frequentemente os pacientes se esquecem de aplicá-los. As lentes são uma alternativa que encontrámos para colmatar este problema, em que é possível modificar a parte exterior de lentes comerciais com a impressão de um anel de gel com medicamento”, afirmou Paula Coutinho.

O projeto está na fase pré-clínica, durante a qual o papel do IPG inclui a seleção dos materiais e a sua caracterização biológica ‘in vitro’.

“Nas fases seguintes, preveem-se estudos com animais e ensaios clínicos. Concluídas estas duas fases, esperamos que o projeto tenha investidores da indústria interessados em comercializar estes produtos”, afirmou a investigadora.

O presidente do IPG, Joaquim Brigas, reconheceu que “projetos como o BioimpACE, que investigam os problemas da sociedade e criam soluções com utilidade prática, são um bom exemplo da qualidade de investigação que se desenvolve” na instituição.

“Tem sido para nós uma prioridade investir nos laboratórios, contratar novos investigadores e desenvolver projetos em parceria com empresas e outras instituições de ensino superior”, afirmou.

O projeto BioimpACE é financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

É uma colaboração entre o IPG, o Centro de Cirurgia Minimamente Invasiva Jesús Usón, a Universidade da Extremadura, a Fundação para a Formação e Investigação dos Profissionais de Saúde da Extremadura, o Cluster Socio-sanitário da Extremadura e a Escola Universitária Vasco da Gama.

LUSA/HN

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