Aumentaram as cirurgias em atraso no Hospital do Funchal
O Hospital do Funchal (Dr. Nélio Mendonça), na Madeira, tem atualmente mais cirurgias em atraso relativamente ao período pré-pandemia. O diretor do bloco operatório do Sesaram (Serviço Regional de Saúde), Diogo Rijo, indicou que esse número aumentou de cerca de 19 mil para mais de 20 mil.
No entanto, o médico perspetivou que os números de cirurgias em espera “daqui a uns meses sejam muito mais baixos”, sem indicar estimativas concretas. Isto porque o Hospital do Funchal vai aumentar a capacidade operatória, estimando passar a ter, no próximo ano, capacidade para 254 tempos operatórios por mês, um aumento face aos cerca de 180 do ano passado, revelou o serviço de saúde da região.
Diogo Rijo salientou que quando as obras do bloco operatório – que começaram em dezembro e têm uma duração estimada de cerca de seis meses – estiverem terminadas, são necessários “mais recursos humanos e melhor distribuição”, assim como mais recursos físicos.
Segundo o médico, em 2021 existiam 159 tempos operatórios por mês no bloco central de cirurgia e “apenas 20 em bloco de ambulatório”.
No entanto, com as obras a serem realizadas naquele bloco do hospital e havendo mais espaços e mais recursos humanos, estimam-se 168 tempos operatórios disponíveis em bloco central em 2023, com nove salas a mais, e em bloco de ambulatório os tempos deverão subir de 20, em 2021, para 86 no próximo ano.
“Se nós conseguirmos aumentar isto tudo, isto equivale a cerca de 3.300 doentes num ano”, acrescentou.
O diretor do Bloco Operatório ressalvou que o esforço que está a ser feito pelo serviço de que é responsável vai “além dos números” e que os tempos estão a ser “otimizados ao máximo”.
O médico perspetivou também que os números de cirurgias em espera “daqui a uns meses sejam muito mais baixos”, sem indicar estimativas concretas.
Diogo Rijo revelou, por outro lado, que o serviço regional de saúde contará este ano com mais três anestesistas, três ortopedistas e quatro cirurgiões.
A enfermeira Marina Castro, do bloco operatório, completou que depois das obras estarem concluídas serão necessários “38 enfermeiros e 20 assistentes operacionais”.
O diretor clínico do Sesaram, Júlio Nóbrega, justificou os atrasos nas cirurgias com o facto de os profissionais de saúde estarem “exaustos” e defendeu que os efeitos da pandemia de covid-19 vão perdurar durante mais anos.
Vincou também que está a ser utilizada toda a capacidade instalada para realizar cirurgias.
Júlio Nóbrega indicou ainda que há atualmente 152 profissionais de saúde infetados, 92 utentes em alta social e 39 utentes internados com c ovid-19, aspetos que condicionam a atividade médica.
SO/LUSA
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