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Quase 32 mil enfermeiros entregam na AR petição que quer profissão reconhecida como de alto risco

O Sindicato dos Enfermeiros – SE entrega no dia 14 de julho, quinta-feira, aquela que é já a maior petição de sempre promovida na área da Saúde. São mais de 31 mil pessoas que se batem pelo reconhecimento da Enfermagem como Profissão de Alto Risco e de Desgaste Rápido. Um estatuto que “é justamente reconhecido a várias profissões, mas que continua a ser negado aos enfermeiros”, explica o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Pedro Costa.

Quase 32 mil pessoas assinaram a petição que defende o reconhecimento da profissão de enfermeiro como de alto risco e desgaste rápido e que será entregue, na quinta-feira, pelo Sindicato dos Enfermeiros (SE) na Assembleia da República.

Em comunicado, o presidente do SE, Pedro Costa, considera que o estatuto de profissão de alto risco e desgaste rápido é “justamente reconhecido a várias profissões”, mas sublinha que “continua a ser negado aos enfermeiros”.

Numa nota enviada às redações, o SE insiste que “os enfermeiros estiveram na linha da frente do combate à pandemia, de auxílio às populações e de suporte de todo o Serviço Nacional de Saúde, numa fase em que a pandemia de covid-19 debilitou muito a capacidade de resposta aos utentes”

“O reconhecimento do risco e penosidade da nossa profissão foi confirmado em plena pandemia, quando o Governo então em funções decidiu criar um subsídio temporário e transitório, de risco covid-19”, explica o presidente do SE, citado na nota.

Pedro Costa acrescenta que “este subsídio temporário veio evidenciar, de uma vez por todas, a possibilidade de criação de medidas compensatórias na profissão. Infelizmente (…), foi um gesto transitório”, acrescenta.

O SE pretende que este reconhecimento seja legislado, permitindo aos enfermeiros ter acesso à aposentação antes da idade legalmente definida. “É uma medida mais do que justa, por tudo o que temos dado ao país ao longo da nossa carreira”, conclui Pedro Costa.

O texto da petição, que recolheu até hoje de manhã 31.909 assinaturas, insiste que a pandemia veio confirmar que “os enfermeiros são uma profissão de alto risco e de desgaste rápido”, lembra o subsídio transitório criado pelo Governo e defende que o estatuto deve ser atribuído “de forma definitiva”, assim como as respetivas medidas compensatórias.

Os signatários lembram que a profissão de enfermeiro “obriga a um elevado nível de foco e concentração e a lidar diariamente com uma elevada responsabilidade”, sublinhando “o stress de lidar com a doença, o nascimento, o envelhecimento e a própria morte”.

“A pressão de trabalhar em contexto de emergência, urgência, cuidados intensivos, bloco operatório… onde a linha que separa a vida da morte muitas vezes não existe e o stress torna-se brutal!”, sublinham, dando igualmente o exemplo do trabalho dos enfermeiros nos cuidados primários.

“Os enfermeiros trabalham sem duvida alguma em stress e a pressão e o cansaço aumentam os riscos de erro na medicação e limitam a própria prestação de cuidados”, referem o texto, que destaca igualmente o desgaste emocional e físico da profissão, assim como as “condições de trabalho adversas [por turnos consecutivos e sem padrão regular de sono]” e a violência contra os profissionais de saúde.

“Sabe-se ainda que os enfermeiros são os profissionais mais agredidos no setor da Saúde, bem como 60,2% já foram agredidos fisicamente e 95,6% verbalmente no seu local de trabalho”, exemplifica o texto, frisando o aumento de 4% das agressões reportadas em 2021.

Desde 2020 que para serem discutidas em plenário da Assembleia da República as petições precisam de 10.000 assinaturas.

O diploma aprovado na altura estabelece ainda que as petições que recolham entre 4.000 e 10.000 assinaturas sejam discutidas na comissão parlamentar competente.

LUSA/HN

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ATUALIZAÇÃO:

O Sindicato dos Enfermeiros – SE adiou a entrega da maior petição de sempre na área da Saúde para o próximo dia 20 de julho de 2022, às 14 horas.

O motivo desta alteração prende-se com a audição amanhã às 14 horas, em sede de Comissão da Saúde, da ministra da Saúde, Marta Temido. Uma sessão que previsivelmente irá ocupar grande parte da tarde do dia 14 de julho e que, por isso, inviabiliza a entrega formal da petição.

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