
Costa admite que morte de grávida foi “gota de água” para a demissão de Marta Temido
O primeiro-ministro António Costa reagiu esta terça-feira à demissão da Ministra da Saúde, Marta Temido.
O primeiro-ministro António Costa reagiu esta terça-feira à demissão da Ministra da Saúde, Marta Temido.
Em primeiro lugar fez um “agradecimento muito profundo” a Marta Temido pelo trabalho desenvolvido e referiu que conversou com a ministra onde lhe foram explicados os motivos de querer cessar funções.
António Costa admitiu ainda que a morte de grávida que foi transferida do Santa Maria tenha sido a “gota de água” que levou ao pedido de demissão da ministra da saúde, Marta Temido.
Questionado sobre o processo de substituição do cargo, o primeiro-ministro referiu que “não será rápido” uma vez que hoje terá “todo o dia ocupado em trabalho para aprovar o pacote de apoio ao rendimento das famílias” e nos próximos quatro dias vai estar em Moçambique. “Só depois disso me poderei concentrar”, denotou o primeiro-ministro.
Sobre nomes para substituir Marta Temido, António Costa foi taxativo: “não, ainda não pensei no assunto” e acrescentou ainda que “o primeiro-ministro tem de estar sempre preparado” para a ideia de que “há um membro do Governo que deixa” de o ser. “Agora se estava a pensar que a doutora Marta Temido ia sair do Governo? Não, não estava a pensar”, assumiu Costa.
Além das questões de agenda que farão com que este processo de substituição não seja rápido, o chefe do executivo acrescentou que há o dossiê do diploma da criação da direção executiva do SNS.
“Era muito importante que ainda fosse a atual ministra a apresentá-lo ao Conselho de Ministros para que não tivéssemos mais atrasos na aprovação deste diploma, que é uma peça-chave no reforço do SNS. Até o Presidente da República, quando promulgou o estatuto, disse que era muito importante agora não perdermos tempo na sua implementação. Eu gostaria de não perder tempo”, justificou.
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