O Que é a Fibrinólise?
A fibrinólise é um processo fisiológico complexo que consiste na desagregação e dissolução progressiva dos coágulos sanguíneos do nosso organismo.
É um processo normal que se desenvolve através da degradação e dissolução da fibrina sob a acção da fibrinolisina, uma enzima.
Este processo insere-se num processo mais amplo, o processo hemostático, o qual implica um conjunto de mecanismos que envolvem interacções entre as proteínas, respostas celulares complexas e a regulação do fluxo sanguíneo.
A fibrinólise é um deles. Graças a este mecanismo, procede-se à eliminação dos resíduos da fibrina da circulação sanguínea e promove-se a repermeabilização dos vasos obstruídos pelos coágulos de fibrina.
A fibrinólise participa na desagregação e na dissolução da fibrina através da plasmina. A plasmina vai agir directamente contra a fibrina e é assim que os coágulos sanguíneos são aniquilados.
Como Funciona a Fibrinólise?
A plasmina é uma enzima activa produzida a partir do plasminogénio que hidrolisa a fibrina em fragmentos, sendo que também hidrolisa outros elementos factores da coagulação como, por exemplo, o fibrinogénio.
Os coágulos sanguíneos são constituídos pela fibrina. A fibrina é constituída por proteínas filamentosas produzidas pelo fígado e contidas no sangue. Estas proteínas entram no processo fisiológico de coagulação do sangue com a acção da plasmina. A plasmina é o resultado da hidrólise do plasminogénio. Esta proteína é também ela produzida pelo fígado e constitui a forma activa do plasminogénio, igualmente produzido pelo fígado.
O t-PA (tissue-plasminogen activator), libertado por determinadas células do nosso organismo, vai activar a transformação do plasminogénio em plasmina. A libertação destes t-PA é estimulada pelos depósitos de fibrina e pela trombina. Existem inibidores endógenos do t-PA que podem reduzir as transformação do plasminogénio em plasmina e diminuir desta forma a actividade fibrinolítica.
Objectivos da Fibrinólise
A fibrinólise, porque diminui a quantidade de fibrina no sangue, protege o nosso organismo contra os riscos de trombose (uma trombose resulta da formação de um coágulo sanguíneo) numa das cavidades do coração, numa veia ou numa artéria.
No caso de uma ferida, depois de esta ter cicatrizado, a fibrinólise permite destruir o coágulo sanguíneo que tinha inicialmente impedindo a hemorragia. Nos casos de doença hepática como a cirrose ou outras patologias relacionadas com a coagulação sanguínea, o sistema fibrinolítico pode ser acentuado e levar a hemorragias por vezes difíceis de controlar.
A descoberta e o estudo de todos estes processos tiveram uma importância crucial para que fosse mais fácil entender a fisiologia da hemostasia e o papel das reacções hemostáticas nos casos de doenças hemorrágicas e trombóticas. O processo da fibrinólise corresponde à etapa que conclui a coagulação sanguínea e permite a repermeabilização dos vasos sanguíneos obstruídos por coágulos de fibrina.
O sistema fibrinolítico consiste assim na destruição dos coágulos intravasculares que se podem formar, sem no entanto provocar hemorragias através da dissolução de coágulos hemostáticas e do fibrinogénio em condições normais. Trata-se de um processo fisiológico que protege o nosso organismo de riscos de doenças relacionadas com problemas sanguíneos.
A fibrinólise pode ser utilizada de forma terapêutica para prevenir determinadas doenças como, por exemplo, embolias pulmonares e enfartes do miocárdio.
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