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Metade dos obstetras no SNS tem mais de 50 anos, num país em que há cada vez menos partos

(CC0/PD) RawPixel

Dos 819 especialistas em ginecologia e obstetrícia a trabalhar nas 38 maternidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais de metade têm mais de 50 anos e 44% estão acima dos 55 anos, tendo por isso direito de não fazer serviço de urgências.

Segundo avançou esta segunda-feira o Público, tendo por base os dados recolhidos pelo grupo de trabalho que está a estudar a reorganização destes serviços, há maternidades no interior do país com apenas três especialistas no quadro e todos têm mais de 55 anos.

De acordo com os mesmos dados, o número de partos está a diminuir a um ritmo acelerado, ao mesmo passo da desorganização das urgências de ginecologia e obstetrícia. Neste Verão, acabou por se tornar normal haver blocos de partos e urgências de ginecologia a encerrar intermitentemente durante alguns períodos.

No início de julho, havia 458 médicos especialistas em ginecologia e obstetrícia com menos de 55 anos a trabalhar no SNS. Retirando os que têm mais de 50 anos, ficam 400 disponíveis para turnos. Apesar de muitos dos médicos com mais de 50 e de 55 anos optarem por não usufruir destas prerrogativas, a maior parte das maternidades tem que recorrer a horas extraordinárias e à contratação de “tarefeiros”.

Nas 38 maternidades do SNS estão ainda em formação na especialidade 277 médicos internos e há 2468 enfermeiros no total, 58% dos quais são especialistas nesta área.

De acordo as estimativas do grupo, até ao final de 2022 haverá em Portugal cerca de 62 mil partos, menos cerca de 15 mil do que há dez anos. Em conjunto, as urgências de de ginecologia e obstetrícia asseguram cerca de mil atendimentos diários.

O coordenador da comissão, Diogo Ayres de Campos, já disse que a solução, no curto prazo, passa pela concentração de recursos e eventual encerramento de maternidades. A reorganização, também indicou, é complexa porque inclui não só os partos, mas também a oncologia ginecológica e a medicina de reprodução.

Diogo Ayres de Campos defendeu ainda o aumento da formação de internos durante dois ou três anos, a redução dos atendimentos não urgentes e a diminuição das equipas mínimas de médicos nas escalas de urgência.

  ZAP //

Fonte: ZAP

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