Mortes por ebola em Uganda sobem para sete

O número de mortos por um surto de ebola em Uganda subiu para sete, disse o Ministério da Saúde na sexta-feira, depois que o presidente Yoweri Museveni descartou um bloqueio para conter o vírus altamente contagioso.

As autoridades declararam um surto no distrito central de Mubende na semana passada, a primeira fatalidade de ebola no país da África Oriental desde 2019.

Na sexta-feira, o Ministério da Saúde compartilhou um gráfico no Twitter mostrando que as mortes acumuladas agora eram sete, acima das cinco na quarta-feira, enquanto o número total de casos confirmados havia chegado a 35.

Em uma coletiva de imprensa televisionada na quarta-feira, Museveni disse que cerca de 19 outros classificados como prováveis ​​casos de ebola também morreram, mas disse que foram enterrados antes que pudessem ser testados para infecção.

Desde que o surto inicial foi descoberto em Mubende, infecções foram encontradas em três outros distritos – Kassanda, Kyegegwa e Kagadi – mas Museveni prometeu não isolar as regiões afetadas.

“Decidimos que não teremos bloqueios. Não é necessário”, disse o líder de 78 anos, dizendo aos ugandenses que “não há necessidade de ansiedade”.

O ebola é uma febre hemorrágica viral muitas vezes fatal que recebeu o nome de um rio na República Democrática do Congo (RDC), onde foi descoberto em 1976.

A transmissão humana é por fluidos corporaissendo os principais sintomas febre, vómitos, hemorragias e diarreia.

Os surtos são difíceis de conter, especialmente em ambientes urbanos.

As pessoas infectadas não se tornam contagiosas até que os sintomas apareçam, ou seja, após um período de incubação entre dois e 21 dias.

Atualmente, não há medicamentos licenciados para prevenir ou tratar o Ebola, embora uma série de medicamentos experimentais esteja em desenvolvimento.

Uganda, que compartilha uma fronteira porosa com a RDC, passou por vários surtos de ebola, mais recentemente em 2019, quando pelo menos cinco pessoas morreram.

A RDC declarou na terça-feira o fim de um surto de vírus Ebola que surgiu no leste da província de Kivu do Norte há seis semanas.

Apenas um caso do vírus foi confirmado, segundo a Organização Mundial da Saúde, tornando o surto de Ebola na RDC o “menos catastrófico”.

A pior epidemia na África Ocidental entre 2013 e 2016 matou mais de 11.300. A RDC teve mais de uma dúzia de epidemias, a mais mortal matando 2.280 pessoas em 2020.

© 2022 AFP