Programa de transição para o setor social libertou 700 camas nos hospitais
Manuel Pizarro, que falava na abertura da audição regimental que decorre hoje de manhã na Comissão Parlamentar de Saúde, considerou que este programa ajudou já a melhorar a disponibilidade da rede de cuidados continuados, lembrando que em novembro tinha sido aumentado em 15% o pagamento diário por doente nas unidades de longa duração e em 6% nas de média duração.
Ambos os valores, sublinhou, têm retroativos a janeiro deste ano.
Na semana passada, o ministro tinha anunciado que a Rede Nacional de Cuidados Continuados tinha 500 vagas para receber doentes internados por razões sociais, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Segundo disse então o governante, estas vagas resultam de um trabalho conjunto com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, as Misericórdias e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), estando a ser atribuída “prioridade à região de Lisboa e Vale do Tejo”, porque é onde “a pressão é maior”.
No início do mês, o Governo anunciou um financiamento extraordinário por parte do Estado para as unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), com retroativos a janeiro deste ano.
Em comunicado, o Ministério da Saúde divulgou que, “em termos globais”, a atualização do preço corresponde a um aumento de 5,5% para as unidades de média duração e reabilitação (UMDR) e de 15,3% para as unidades de longa duração e manutenção (ULDM).
Segundo o Relatório de Avaliação de Desempenho e Impacto do Sistema de Saúde (RADIS), divulgado no início deste mês, o número médio de utentes a aguardar vaga para entrar na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) aumentou 88% em Portugal entre 2019 e 2022.
No mesmo período, a região do Algarve foi a que apresentou um maior aumento relativo de utentes a aguardar vaga para entrar na RNCCI (+207%), contrastando com a região do Alentejo (-8%).
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