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Médicos deveriam ser aumentados 82% e enfermeiros 63% entre 2023 e 2026

Os médicos deveriam ser aumentados 82% entre 2023 e 2026 e os enfermeiros 63%, para recuperar o diferencial entre os salários dos profissionais de saúde e o salário mínimo, que daqui a três anos deverá chegar aos 900 euros.

As estimativas de um relatório sobre os recursos humanos da saúde, da autoria dos economistas Pedro Pita Barros e Eduardo Costa e que será hoje apresentado, indicam que o ganho médio dos médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) baixou 5% entre 2011 e 2022, enquanto o dos enfermeiros subiu 14%.

Os investigadores concluem que os médicos perderam 18% do seu poder de compra na última década, enquanto no caso dos enfermeiros a quebra do poder de compra é de 3%.

No caso dos profissionais de saúde do setor privado, o ganho médio mensal manteve-se inalterado, em termos reais, entre 2011 e 2021. Para 2022, estima-se “uma perda de 4% face aos níveis de 2011, assumindo que se verifica em 2022 o mesmo crescimento verificado em 2021”, refere o documento.

Sobre as remunerações dos médicos, dão como exemplo a evolução prevista do salário mínimo nacional até 2026 – ano em que deverá chegar aos 900€ – para concluir que “seria necessário um aumento das remunerações dos médicos e enfermeiros entre 2023 e 2026 de 82% e 63%, respetivamente, para recuperar o diferencial entre salários de profissionais de saúde e o salário mínimo registado em 2011”.

O relatório foca-se principalmente no papel dos médicos e enfermeiros no sistema de saúde, mas ressalva que “não se ignora o papel essencial desempenhado por todos os restantes profissionais de saúde”.

Os investigadores alertam que a evolução negativa das remunerações dos profissionais de saúde no SNS “contribui para a deterioração da atratividade” do serviço público de saúde e sublinham: “o período de recuperação registado antes da pandemia não foi suficiente para recuperar significativamente as dificuldades sentidas durante a crise financeira e para fazer face à dinâmica recente de preços”.

Para além disso, nos últimos anos, “os suplementos remuneratórios têm ganho peso na remuneração total dos profissionais”, lembram os investigadores, sublinhando: “O recurso a estes suplementos (associados a horas extraordinárias e remuneração variável) tem sido utilizado para atenuar as perdas de poder de compra associadas à lenta evolução da remuneração base”.

Apesar disto, “face ao trabalhador médio português, os profissionais de saúde registam deteriorações – ou, pelo menos, crescimentos inferiores – do seu poder de compra”, referem.

LUSA/HN

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