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Diabetes – Visão Global: Prevenção e Fatores de Risco

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Na primeira parte, dedicada ao mundo desigual da diabetes, o orador, também presidente-eleito da Federação Internacional da Diabetes – Região Europa, relembra que, mesmo 100 anos após a descoberta da insulina, persistem grandes desigualdades no diagnóstico, no acesso às terapêuticas e no acompanhamento multidisciplinar. “Continuamos com uma boa parte da população com diabetes por diagnosticar atempadamente, e muitas crianças, jovens e adultos continuam a ser diagnosticados com diabetes tipo 1 em fases muito graves da doença”, explica.

João Filipe Raposo acrescenta que estas desigualdades também se refletem no acesso a novos tratamentos e no rastreio das complicações, fundamentais para preservar a qualidade de vida. “As complicações – renais, cardiovasculares, de saúde mental, entre outras – continuam a ser responsáveis pela maior perda de qualidade de vida e pela mortalidade. E, apesar de existirem novas terapêuticas eficazes, os custos voltam a ser uma barreira importante”, sublinha.

Na segunda parte, dedicada ao mundo novo na mudança de paradigma, o médico destaca programas de rastreio precoce da diabetes tipo 1, como o projeto português “Dedo que adivinha”, derivado do projeto europeu Edent1fy, que permitem acompanhar as pessoas antes do surgimento dos sintomas. “O soft landing é um dos benefícios imediatos do rastreio, mas permitirá no futuro também utilizar terapêuticas modificadoras da doença, adiando o aparecimento dos sintomas na diabetes tipo 1 e a progressão da doença”, afirma.

Ele sublinha ainda a possibilidade de reduzir a incidência da diabetes tipo 2 através de medicamentos eficazes e do tratamento da obesidade. “Ao tratar a obesidade com sucesso, é possível reduzir uma boa parte dos novos casos de diabetes tipo 2”, destaca.

Por fim, João Filipe Raposo explora o mundo do futuro, destacando três áreas centrais: tecnologia, novas profissões de saúde e o papel do cidadão. Quanto à tecnologia, aponta os wearables e a inteligência artificial como ferramentas que fornecem feedback imediato e ajudam na gestão da doença, mas alerta que “é essencial definir bem como estas ferramentas devem ser usadas, para que não substituam o pensamento crítico nem a avaliação pessoal do estado de saúde”.

Sobre as novas profissões de saúde, defende a necessidade de repensar a distribuição de competências para garantir cuidados adequados, mesmo perante a escassez de médicos e enfermeiros. Já em relação ao cidadão, João Filipe Raposo reforça que “cada pessoa terá cada vez mais responsabilidade na gestão da sua saúde e da sua doença. Mas essa responsabilidade não deve ser confundida com transferência de culpa”. “O cidadão tem também um papel ativo na exigência de mudança da sociedade”, conclui.

 

Sílvia Malheiro

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Fonte: Saúde Online

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