Diabetes: criado biossensor usável, mais versátil e durável
Um grupo de investigadores conseguiu desenvolver uma ferramenta de diagnóstico da diabetes usável, através de uma minúscula quantidade de suor.
Desenvolvido pela Universidade do Texas em Dallas, EUA, o novo dispositivo mede três compostos envolvidos na diabetes que se encontram interligados: a glicose, o cortisol e a interleucina-6, durante uma emana sem perda da integridade do sinal.
“Consideramos que criámos a primeira ferramenta de diagnóstico usável que pode monitorizar esses compostos durante até uma semana, o que vai além do tipo de dispositivos de monitorização de utilização única que se encontram atualmente no mercado”, disse Shalini Prasad, docente de bioengenharia e uma das criadoras do dispositivo.
Um fator que promoveu a evolução do novo dispositivo foi o uso de líquido iónico à temperatura ambiente (RTIL, na sua sigla em inglês), que é um gel que estabiliza o microambiente na superfície das células da pele, de forma a permitir leituras de hora a hora, durante uma semana, sem prejudicar o desempenho do dispositivo.
“Isto influencia imenso o modelo de custo do dispositivo – compra-se quatro monitores por mês em vez de trinta”, explicou Shalini Prasad.
“O RTIL também permite que o detetor estabeleça interface com diferentes tipos de pele – a textura e qualidade da pele pediátrica comparada com a pele geriátrica já criaram dificuldades em modelos anteriores”, acrescentou a investigadora.
Outra das vantagens do novo biossensor é o facto de apenas necessitar de um a três microlitros de suor, em vez dos 25 a 50 que se achava antes serem necessário.
A investigadora avançou ainda que o dispositivo irá conter um pequeno transmissor que envia dados para uma aplicação instalada num telemóvel.
A frequência das medições (de hora a hora) poderá proporcionar uma visão nunca conseguida da forma como o organismo responde a decisões em termos alimentares, atividades relacionadas com o estilo de vida e tratamentos.
“As pessoas poderão controlar e melhorar os seus próprios cuidados”, explicou Shalini Prasad. “Um utilizador pode saber que decisões não-saudáveis são mais toleradas pelo seu organismo em relação a outras”, concluiu.
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