Atualidade

Enfermeiros vão abandonar serviços

Protesto está a ser organizado nas redes sociais para dia 25, depois da greve geral já na próxima semana

Enfermeiros de todo o país e serviços estão a organizar-se através das redes sociais para um protesto inédito no Serviço Nacional de Saúde (SNS): uma medida de abandono. A ausência ao trabalho em centros de saúde e hospitais está planeada para o próximo dia 25.

O recurso à falta injustificada para contestar o impasse nas negociações com o Governo — em matérias como as carreiras, caso do reconhecimento das especialidades, e as remunerações — acontecerá se não surgirem resultados da greve geral, convocada por todos os sindicatos de enfermeiros para a próxima quinta e sexta-feira. Os profissionais querem dar um sinal ao ministro da Saúde de que “os protestos vão endurecer, com uma forte contestação, se não surgirem sinais concretos de negociação”, escreveu um enfermeiro nas redes sociais.

O abandono do serviço é inspirado num protesto de enfermeiros na Finlândia. Ao contrário da greve, não implica convocatória prévia nem a garantia de serviços mínimos, ou seja, é totalmente inesperado. Ao Expresso, um dirigente do sector admitiu que “bastará que 10% dos enfermeiros do SNS adiram ao protesto para que os serviços fiquem caóticos”. A falta de enfermeiros é reconhecida, inclusive pelo ministro Adalberto Campos Fernandes, e qualquer falta súbita sobrecarrega as equipas, prejudicando a assistência.

Entre os vários comentários de enfermeiros que circulam nas redes sociais, podem ler-se, por exemplo, frases como “a enfermagem acordou”, “há uma vontade perigosa de fazer valer os direitos” ou “o ministro tem de perceber de uma vez por todas que em braços de ferro na Saúde quem perde são os utentes”.

Uma iniciativa igualmente informal já provocou um protesto único no país, quando enfermeiros especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia recusaram assegurar cuidados diferenciados a grávidas e recém-nascidos, ditando o encerramento temporário de maternidades em todo o país, incluindo até a Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa. No protesto atual, é explicado que “a sociedade ficará sem enfermeiros para a prestação de cuidados de saúde aos utentes por um período consecutivo de 16 horas”.

Numa das várias missivas na internet, é dito que os “enfermeiros são uma classe profissional esquecida e desmotivada”. E o primeiro-ministro não escapa à crítica. “Por altura da campanha eleitoral, dirigiu-se a esta classe profissional como sendo o pilar do SNS e o foco máximo da sua atenção, promessa que até à data está longe de ser cumprida.” Por isso, “fartos de promessas e de engodos, os enfermeiros dizem basta e estão a organizar-se”. E avisam: “A responsabilidade do caos que se instalará nos serviços será sempre do Governo, que atempadamente e com meios para o fazer, optou por adiar.”

Fonte : expresso

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