Saúde e bem-estar
Micro implantes podem restaurar a motricidade de paraplégicos
Um trabalho desenvolvido por Vivian Mushahwar poderá devolver a mobilidade a pessoas com lesões na medula espinal.
Sendo que a medula espinal morre aquando de danos, não se consegue simplesmente voltar a ligar. É, portanto, necessário traduzir os sinais cerebrais, perceber como controlar a medula espinal e fazer com que os dois lados se voltem a comunicar.
Mushahwar explica que a medula espinal tem inteligência própria e que uma complexa rede motora e sensorial regula tudo, desde respirar, a andar, ao movimento dos intestinos, enquanto que o cérebro se limita a dizer “vai” ou “mais depressa”.
A equipa de investigadores focou-se em restaurar a função da parte inferior do corpo depois de danos graves, através de um pequeno implante composto por fios elétricos como cabelos que se colocam fundo na matéria cinzenta da medula espinal e enviam sinais elétricos que despoletam as ligações.
Para tal, a equipa desenvolveu um mapa que identifica em que zona da medula espinal se encontram todas as ligações que controlam a anca, o joelho, os tornozelos ou os dedos dos pés e quais as áreas que conectam esses movimentos.
O mapa foi já considerado muito consistente num vasto espetro de modelos animais, mas são necessários estudos com humanos.
Voltar a andar significa uma melhoria a vários níveis, como melhoria de músculos, ossos e função intestinal, assim como a função cardiovascular, a maior causa de morte de doentes com problemas na medula espinal.
Para os pacientes com lesões menos graves, este implante seria benéfico como forma de terapia, eliminando a necessidade de meses de terapia física intensa.
Fonte: Univadis
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