Primeiras doses só chegam para vacinar 25% dos profissionais hospitalares
Nalguns casos, primeiras doses não chegam sequer para vacinar todos os que estão mais expostos ao risco de infeção. Bastonário critica priorização definida.
As primeiras 9750 doses a chegar aos cinco centros hospitalares que estão na linha da frente no combate à Covid-19 só são suficientes para inocular 25% do total de médicos, enfermeiros, assistentes técnicos e operacionais que trabalham nestas unidades e, nalguns casos, não chegam sequer para vacinar todos os que estão mais expostos ao risco de infeção, avança o jornal Expresso.
Segundo o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, “cada hospital tem um teto definido de cerca de 25% do total de elementos”. Nalguns casos, como no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, a procura foi superior à oferta (1950 doses nesta primeira fase).
As administrações dos centros hospitalares escolhidos têm privilegiado os profissionais mais expostos ao risco de infeção, nomeadamente os que trabalham em unidades de cuidados intensivos e nos serviços de Medicina Interna e Infecciologia. Contudo, o bastonário da Ordem dos Médicos contesta a priorização feita.
“A maioria dos profissionais infetados não está nos Cuidados Intensivos, por exemplo, porque está muito bem protegida. Está noutros serviços. No Hospital de São João, onde trabalho, metade dos meus colegas da urologia foi infetada”, diz Miguel Guimarães. Para o bastonário, os profissionais de saúde mais velhos e com doenças de risco deveriam ter prioridade na vacinação, à semelhança do que decidiu a Ordem dos Médicos Dentistas.
SO
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