Atualidade

Área Respiratória da urgência de Famalicão sobrelotada

Situação denunciada pela Ordem dos Enfermeiros e confirmada pela Administração. Pico de covid pode ser a origem para horas de espera.

A Área Respiratória do serviço de urgência da unidade de Famalicão do Centro Hospitalar do Médio Ave está sobrelotada.

Num local preparado para oito macas estão atualmente 16 doentes, embora o número de profissionais seja o mesmo, denunciam os enfermeiros. “Isto aumenta o risco de não se puder tratar todos em tempo útil”, diz João Paulo Carvalho, presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros.

Há também, quem tenha de ficar três dias numa maca enquanto aguarda vaga no internamento, sendo que a média de idade dos doentes ronda os 80 anos. “É uma falta de respeito pela dignidade humana”, aponta João Paulo.

“Os serviços de urgência enfrentam por vezes picos de afluência que provocam sobrelotação e atrasos no atendimento”, aponta fonte do Centro Hospitalar do Médio Ave notando que essas dificuldades são maiores quando há uma nova vaga de doentes com covid, o que está a acontecer, que “pressiona os internamentos e afeta as nossas equipas de profissionais”.

O hospital diz ter os internamentos dos dois hospitais ocupados e, “simultaneamente, um número expressivo de profissionais em isolamento”. Acrescenta que tem recorrido a outros hospitais da região, e garante a “resposta adequada” a todos os utentes.

Situação atípica

“Esta situação atípica tem sido resolvida com o empenho e a dedicação de todos os nossos profissionais, certamente com momentos de maior pressão, mas sempre com elevado profissionalismo, não só nos Serviços de Urgência, mas em todas as áreas assistenciais”, refere fonte da unidade de saúde. “Apesar destas circunstâncias anormais, o centro hospitalar continua a garantir resposta adequada a todos os utentes que acorrem aos seus serviços de urgência”, conclui.

Segundo o presidente da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, ter doentes em macas três dias à espera de internamento “é uma falta de respeito pela dignidade humana”. “Esta situação demonstra que em dois anos e tal de pandemia o hospital não aprendeu nada, não se preparou, não reforçou equipas. E basta um fluxo maior para os problemas serem os mesmos”, afirmou.

Acrescenta, ainda, que há um espaço “adjacente” à Área Respiratória que está preparado para receber doentes, mas mantém-se vazio “por falta de profissionais”.

De resto, apurou o JN, os tempos de espera no serviço de urgência de Famalicão têm estado muito elevados. Há alturas em que doentes com pulseira amarela chegam a aguardar mais de quatro horas para serem atendidos.

Entretanto, a Ordem dos Enfermeiros vai fazer uma visita ao serviço de urgência no sentido de elaborar um relatório sobre o assunto para enviar à tutela.

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