Chipre combate mosquitos transmissores de doenças ao criá-los com outros irradiados e esterilizados

Chipre está lutando contra um influxo de mosquitos transmissores de doenças, trazendo centenas de milhares de insetos depois de serem esterilizados por radiação.

A batalha se concentra principalmente na erradicação da variedade de mosquito Aedes aegypti, encontrada em grande número na cidade costeira de Larnaca, país insular.

O chefe dos Serviços de Saúde Ambiental do Chipre, Herodotos Herodotou, disse à Associated Press na quarta-feira que o Aedes aegypti foi especificamente direcionado para impedir sua potencial migração para a Europa continental.

O esforço também visa o mosquito Aedes albopictus na ilha, que é mais comum na Europa.

Ambas as variedades podem transmitir aos seres humanos doenças perigosas, como dengue, zika e febre amarela, bem como o vírus do Nilo Ocidental.

Herodotou disse que seu serviço coleta e despacha ambas as variedades de mosquitos – ovos e insetos crescidos – para laboratórios na Itália e na Áustria, onde são criados e separados em machos e fêmeas.

Os mosquitos machos são então esterilizados por exposição à radiação ionizante na sede da Agência Internacional de Energia Atômica em Viena.

Cerca de 100.000 mosquitos são trazidos de volta à ilha todas as semanas para que possam ser liberados em locais e horários específicos para reprodução depois de serem alimentados. O acasalamento não produzirá descendentes e, como resultado, a população de mosquitos diminui.

O programa, que também foi testado em outros países europeus, incluindo Itália e Grécia, continuará até o final do ano, segundo Herodotou. O custo do programa é suportado principalmente pela Agência Internacional de Energia Atômica.

O benefício do programa é que as autoridades não terão que recorrer a inseticidas potencialmente nocivos para erradicar as pragas.

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