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Desenvolvida nova arma contra bactérias resistentes a antibióticos

Uma equipa internacional de investigadores desenvolveu um peptídeo antimicrobiano capaz de destruir vários tipos de bactérias, incluindo aquelas que são resistentes à maioria dos antibióticos, dá conta um estudo publicado na revista “Scientific Reports”.

Neste estudo, os investigadores do MIT, nos EUA, da Universidade de Brasília, no Brasil, e da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, decidiram focar a sua atenção nos peptídeos antimicrobianos, que são capazes de matar não só as bactérias como outros microrganismos como os vírus e os fungos.

Os peptídeos antimicrobianos, produzidos por todos os organismos vivos como parte das suas defesas imunitárias, matam os microrganismos de diferentes formas. Primeiro, começam por criar buracos nas membranas celulares dos invasores. Uma vez dentro, eles podem afetar vários alvos celulares, incluindo ADN, ARN e proteínas.

Estes peptídeos são também capazes de recrutar células do sistema imunológico do hospedeiro, os leucócitos, que secretam substâncias químicas que ajudam a matar os microrganismos invasores.
Há muitos anos que os cientistas tentam utilizar estes peptídeos como alternativas aos antibióticos, uma vez que as bactérias se têm tornado resistentes aos medicamentos existentes. Os peptídeos que ocorrem naturalmente podem ser compostos por 20 aminoácidos diferentes, pelo que existe uma grande variedade possível nas suas sequências.

Cesar de la Fuente, do MIT, explica que estas sequências podem ser adaptadas de forma a ajustá-las a funções específicas.

No estudo, os investigadores utilizaram um peptídeo antimicrobiano natural, a clavanina –A. A forma original do peptídeo mata muitos tipos de bactérias. Contudo, os cientistas decidiram adicionar uma sequência de cinco aminoácidos, o que o tornou mais hidrofóbico, com maior capacidade de interagir com as membranas celulares bacterianas, melhorando assim a sua capacidade de matar as bactérias.

O estudo apurou que o novo peptídeo, o clavanina –MO, era muito eficaz contra várias estirpes bacterianas. Experiências realizadas em ratinhos revelaram que este era capaz de matar estirpes de Escherichia coli e Staphylococcus aureus que são resistentes à maioria dos antibióticos.

Uma outra vantagem importante destes peptídeos é que, para além de recrutarem células imunes para combater a infeção, também suprimem a resposta inflamatória hiperativa que pode causar sépsis, uma condição potencialmente fatal.

Os cientistas também descobriram que estes peptídeos podem destruir determinados biofilmes, camadas finas de células bacterianas que se formam nas superfícies. Desta forma, estes peptídeos podem ser utilizados para tratar infeções causadas por biofilmes, como as infeções provocadas por Pseudomonas aeruginosa que muitas vezes afetam os pulmões de pacientes com fibrose quística.
Outras possíveis aplicações para estes peptídeos incluem revestimentos antimicrobianos para cateteres ou pomadas que podem ser utilizadas para tratar infeções de pele causadas por Staphylococcus aureus ou outras bactérias.

Fonte: Univadis

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