Infeção por bactérias em meio hospitalar maioritariamente por dispositivos médicos
Um estudo realizado a 5.626 instituições de saúde dos EUA revela que as infeções hospitalares por bactérias acontecem mais através de dispositivos médicos, sendo estas bactérias mais resistentes.
A investigação dos dados entre 2015 e 2017 revela que o número de infeções em instituições de saúde por dispositivos médicos temporários (algálias ou ventiladores) era mais elevado do que as infeções associadas a procedimentos cirúrgicos.
Além de ocorrerem com mais frequência, as bactérias nos dispositivos médicos revelaram-se mais resistentes. 48% dos casos de bactéria Staphylococcus aureus isolados dos dispositivos eram resistentes à meticilina, comparado com 41% dos procedimentos cirúrgicos.
De outras bactérias analisadas nos dispositivos médicos, em 82% dos casos a Enterococcus faecium eram resistentes à vancomicina, contra 55% das bactérias do meio cirúrgico.
Os investigadores notaram ainda uma diferença entre o tipo de bactérias dos cuidados para adultos e os pediátricos. As bactérias mais comuns nos adultos, por ordem, eram a E.coli, a Staphylococcus aureus e a Klebsiella.
Nas 2.454 instituições pediátricas analisadas, as infeções mais comuns eram, por ordem de importância, pelas bactérias Staphylococcus aureus, E.coli e Staphylococcus coagulase-negativa.
Foi ainda observado que as bactérias associadas a tratamento prolongado e intenso nas instituições de saúde eram mais resistentes a antibióticos que nas infeções adquiridas em estadias muito curtas.
A resistência das bactérias revelou-se também maior nos cuidados aos adultos que nos pediátricos.
Fonte: Univadis
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