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Há pessoas a ser vacinadas que não são prioritárias. Autarca de Reguengos foi uma delas – ZAP

informa / Flickr

A Ordem dos Farmacêuticos recebeu várias denúncias sobre casos em que pessoas que não estão na linha da frente estão a ser vacinadas. As denúncias serão enviadas ao coordenador da task force da vacinação contra a covid-19.

“Tivemos notícia de vários casos que foram notificados à Ordem dos Farmacêuticos que ficam pasmados pelo facto de não serem vacinados, quando depois há profissionais que não estão na linha da frente ou que estão em teletrabalho e que são vacinados”, disse a bastonária Ana Paula Martins, na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia, esta quinta-feira, citada pelo jornal Público.

“Esta é uma questão que não conseguimos clarificar. Já falámos com o coordenador da task force e ficámos de fazer chegar os casos que foram entretanto revelados. Penso que tem muito a ver com a organização dos centros hospitalares e das próprias Administrações Regionais de Saúde”, disse ainda a bastonária dos Farmacêuticos.

Numa outra audição, a bastonária dos Enfermeiros também apontou o mesmo problema. “São situações pontuais, mas são importantes, que se estão a agravar com o início da vacinação dos lares, em que estão a vacinar primeiro pessoas que não têm contacto direto com doentes ao invés de enfermeiros, médicos e assistentes operacionais”.

Isto é próprio de um país saloio que tenta vacinar aqueles que conhecem, os amigos da instituição, e alguém tem que ir verificar o que é que se está a passar”, apelou Ana Rita Cavaco.

Segundo a bastonária, esta situação está a passar-se nalgumas instituições, adiantando que a OE já enviou estes relatos para a Assembleia da República e que irá continuar a fazê-lo porque “entende que tem de haver culpados daquilo que acontece”.

Autarca de Reguengos de Monsaraz já foi vacinado

Segundo o semanário Expresso, uma das pessoas que não pertence a nenhum dos grupos prioritários e que já recebeu a primeira dose da vacina foi o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, José Calixto.

O jornal escreve que o autarca socialista foi vacinado pelo facto de ser presidente da fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, que gere o lar onde, em agosto do ano passado, um surto fez 18 mortos.

No Facebook, circulou uma fotografia em que Calixto segurava os comprovativos da administração da primeira dose da vacina. E foi então que um utilizador questionou porque é que tinha sido vacinado.

O presidente da Câmara admitiu que não cumpria os critérios para ter sido vacinado e que não concorda com essa situação, uma vez que, enquanto “autoridade municipal de Proteção Civil”, tem “responsabilidades diárias na tomada de decisões em focos de problemas”.

Em declarações ao Expresso, João Carlos Silva, diretor de serviços da fundação, saiu em defesa do autarca, afirmando que “Foram vacinados todos os elementos do conselho de administração”, pois têm sido “parte ativa e desenvolvido diligências quase diretas junto das instalações do lar”.

O responsável disse ainda que as listagens foram enviadas à Segurança Social e às autoridades de saúde e que os nomes dos administradores foram “considerados elegíveis”.

Lacerda Sales não concorda com a decisão do autarca

Em declarações ao jornal online Observador, o coordenador do Plano Nacional de Vacinação, Francisco Ramos, afirmou que, como autarca, Calixto “não deveria ter sido vacinado” e que “esteve mal” enquanto membro de administração do lar.

Em entrevista ao mesmo semanário, esta sexta-feira, o coordenador da task-force responsável pelo plano de vacinação assumiu que está a ser trabalhada uma proposta para incluir entre os prioritários os titulares de altos cargos de decisão, como os políticos.

Esta manhã, depois de ter doado sangue para apelar à participação dos portugueses, o secretário de Estado Adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, foi questionado pelos jornalistas sobre este caso.

Para o governante, a “atividade política deverá ser inserida nos serviços críticos” para a definição dos critérios de vacinação, mas, enquanto isso não acontecer, só devem receber a vacina “na fase devida”.

“Sendo que há outras prioridades iniciais, com os profissionais de saúde, os residentes dos ERPIs, os profissionais dos ERPIs. Depois na fase dos serviços críticos, penso que seria razoável. Entendo que todos nós devemos ser vacinados nas nossas fases”, afirmou, também citado pelo Observador.

“Acho que este autarca deveria ter sido vacinado na fase correspondente, que seria a fase dos serviços críticos, se realmente os autarcas, como penso que devem ser inseridos, nessa mesma altura”, acrescentou.

Fonte: ZAP

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