Covid-19: Sem “tensão” ou “ceticismo”. “Tranquilidade portuguesa” a lidar com as restrições da pandemia em destaque na imprensa internacional
A experiência portuguesa ao longo da pandemia da Covid-19 foi destaque na imprensa internacional, com a revista americana ‘Forbes’ a publicar um artigo no qual é descrito a forma “calma” como a população portuguesa vive durante a pandemia mas, sobretudo, porque cumprimos tanto as restrições da Covid-19, conforme foi titulado no artigo.
A distância entre as pessoas na rua é descrita como “de uma forma que parece mais sensata do que hostil. Muitos usarão máscaras. As filas fora das farmácias são organizadas”, pode ler-se no artigo, que destacou ainda ser “difícil encontrar panfletos, mensagens, grandes manifestações ou outros sinais de oposição às restrições relacionadas com a pandemia”.
A taxa de vacinação muito alta contra a Covid-19 dá uma “sensação de relativa tranquilidade”, escreveu a ‘Forbes’, que salientou o posicionamento português como um dos líderes mundiais da vacinação. O almirante Gouveia e Melo, com “uma liderança enérgica” na task force de vacinação, assim como a presença relativamente pequena de negacionistas ajude a conferir essa tranquilidade.
“Mas não se trata apenas de vacinação. As filas longas e perfeitamente espaçadas nos muitos centros de teste gratuitos; o uso aparentemente universal de máscaras, muitas vezes máscaras de tipo médico, em espaços fechados; a prevalência de uso de máscara ao ar livre; a disposição de muitas empresas de recusar clientes por não terem provas de testes recentes – tudo indica um conforto casual com as restrições de pandemia que mudam com frequência, sem a tensão e o ceticismo que têm afetado muitas outras partes da Europa”, explicou.
A forte confiança no Governo é outra das chaves do sucesso. Uma sondagem realizada entre outubro e novembro de 2020 em Portugal revelou que a maioria das pessoas tinham apreciação pela comunicação do Governo em relação à saúde pública para ser oportuna e confiável. Ainda mais confiavam nas autoridades médicas do que nas políticas, enquanto relativamente poucos confiavam nas informações veiculadas nas redes sociais.
E num inquérito realizado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos entre março e maio de 2021, 86% dos inquiridos consideraram que as restrições à liberdade relacionadas com a Covid-19 se justificavam; ao mesmo tempo, 43% acreditavam que a democracia havia enfraquecido.
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