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“Exigia responsabilidade pessoal.” Temido explica demissão e assume lugar de deputada

Sem querer deixar conselhos a Manuel Pizarro – porque se fossem bons, “vendiam-se” -, Marta Temido entendeu que o episódio da morte de uma grávida após a transferência entre hospitais exigia uma “responsabilização”, que assumiu como líder do ministério. Sai sem “amargos de boca”, mas com a sensação de que era vista como parte do problema.

A ex-ministra da Saúde, Marta Temido, explicou esta tarde, depois da tomada de posse do sucessor, Manuel Pizarro, que apresentou a demissão ao primeiro-ministro por entender que era exigida uma “responsabilidade pessoal” pelo caso da grávida que morreu após uma transferência entre hospitais e revelou que vai agora assumir o lugar de deputada por Coimbra, distrito pelo qual foi eleita.

No final da cerimónia de posse do novo ministro, no Palácio de Belém, Marta Temido sublinhou que deu as explicações devidas a António Costa na noite em que se demitiu. A decisão surgiu no seguimento de um episódio que, “não tendo direta relação com o desempenho assistencial do SNS, era um episódio de uma gravidade tal que era necessário que houvesse uma responsabilização”.

“Como sempre disse, a primeira responsável pelas coisas que correm bem e mal no Ministério da Saúde era a ministra, e a ministra entendeu que estava criado um ambiente que exigia que houvesse uma responsabilidade pessoal. Entendi que devia ser minha”, revelou.

Questionada sobre os desafios de liderar a Saúde em Portugal, Temido assumiu que é “muitíssimo difícil e exigente”, mas garantiu estar “grata” por todos os dias em que fez parte do Governo, lamentando que tenha passado a ser encarada pelo setor como “fazendo mais parte do problema do que da solução”.

Mais tarde, numa outra questão sobre o mesmo tema, reforçou que a Saúde é uma área “consabidamente difícil”, mas que o que se vê de outros países “mostra que não somos nós que estamos necessariamente a falhar e que há reformas que são necessárias”.

Sobre o futuro político, Marta Temido revelou que vai assumir o lugar de deputada pelo distrito que a elegeu, o de Coimbra, “com muito orgulho e muita honra”.

“A política não é necessariamente um exercício que se faça só no palco ou na exposição, é um exercício de cidadania. E eu não acredito em quem diz que não é político. Eu tenho a política dentro de mim, porque isso significa escolhas públicas”, confessou

A agora ex-ministra diz não ter “amargos de boca” em relação aos médicos ou a outros interlocutores da sua governação e recusou “fazer avaliações” do mandato, agradecendo aos portugueses, da parte de quem diz ter sentido sempre “um enorme carinho”, à comunicação social, ao primeiro-ministro, aos colegas de Governo, aos dirigentes dos serviços do ministério e à equipa ministerial que a acompanhou.

Sem querer deixar conselhos – “porque se fossem bons não se davam, vendiam-se” -, Marta Temido deixou desejos das “maiores felicidades” a Manuel Pizarro.

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