Saúde e bem-estar

Portugal arrisca regredir décadas, alerta Ordem dos Enfermeiros

Portugal presta dos melhores cuidados de saúde da Europa, e porventura do mundo, mas corre o risco de regredir décadas, com as medidas em curso, e pela ausência das adequadas, alerta a Ordem dos Enfermeiros (OE).

“Temos qualidade… E acesso aos cuidados de saúde, temos?” interroga a presidente do Conselho Diretivo Regional da Secção Regional do Centro (SRC) da OE, Enfª Isabel Oliveira.

Comparando com a realidade europeia, e até mundial – acrescenta – “temos consciência de que efetivamente prestamos excelentes cuidados de saúde” à população portuguesa.

“Os que prestamos, claro, e aqueles a que os cidadãos têm acesso… Resta saber o que fica por prestar”, ressalva.

Num editorial que assina na revista Enfermagem e o Cidadão, que a SRC hoje distribui gratuitamente aos cidadãos da Região Centro, a Enfª Isabel Oliveira lembra que efetivamente os cuidados e o acesso aos cuidados de saúde são hoje melhores do que há 30 anos atrás, mas corre-se o risco, “no presente, de retornar ao passado”.

Realça que os profissionais de saúde existem nos serviços em número cada vez menor, com exigências técnicas, científicas e burocráticas cada vez maiores e pouco ou nenhum reconhecimento do valor que desempenham para a construção e crescimento de uma sociedade saudável e produtiva.

“De que nos serve termos os melhores cuidados de saúde que a ciência e tecnologia podem oferecer à população? De que nos serve termos dos melhores profissionais de saúde do mundo, se não existem em número suficiente e se a população não tem acesso a eles?”, interroga.

A Presidente do Conselho Directivo Regional da SRC da OE cita como exemplo uma visita que recentemente realizou a um agrupamento de centros de saúde, onde constatou que cerca de 38 mil utentes não têm um enfermeiro de família; ou seja, 38 mil cidadãos sem acesso a cuidados de enfermagem.

“E porquê? Bem, a explicação é bem mais complicada do que seria expectável à primeira vista. Profissionais que se reformam e não são substituídos, dificuldades (quase impossibilidades, diria) na contratação de novos profissionais, concursos que abrem para a admissão de novos profissionais, mas que não fecham, nem andam para lado nenhum…!”, acrescenta.

Realça que “o discurso dos gestores destas unidades é inevitavelmente o mesmo: “Estamos dependentes de autorização da tutela. Já pedimos… já alertamos, mas não temos autorização para contratar mais”, associado à frase “A ordem é cortar!” Cortar nos recursos humanos, nos materiais, na motivação, na resiliência, na esperança…”.

A Enfª Isabel Oliveira questiona: “teremos que começar também a cortar na Saúde dos Portugueses?”.

Poderá consultar ou descarregar aqui a revista Enfermagem e o Cidadão em formato digital.

Fonte: comunicado de imprensa

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wolfspell

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