Água quente não mata necessariamente os germes, segundo estudo
Se consegue colocar as mãos na água enquanto lava a louça, será que está quente o bastante para matar germes? Caso não esteja, de que adianta gastar toda essa energia?
As directrizes da agência norte-americana reguladora de alimentos e medicamentos (FDA) para lavar louça à mão num estabelecimento comercial pedem que a solução de limpeza esteja a 43 graus Celsius, o que é demasiado quente para as mãos, mas não para matar a maioria dos germes.
O raciocínio por trás dessa exigência de temperatura relativamente baixa para o estágio de lavagem do padrão de três etapas (lavar, enxaguar e higienizar) não é uma acção germicida directa. Pelo contrário, segundo a FDA, a intenção é garantir que a água esteja suficientemente quente para remover a matéria orgânica dos pratos e dissolver gorduras animais que podem estar presentes nestes. Ainda de acordo com as directrizes, uma temperatura mais baixa também pode interferir no desempenho do detergente usado.
Um estudo realizado por cientistas alimentares na Universidade Estadual de Ohio, publicado em Junho de 2007 em The Journal of Food Engineering, encontrou provas que mesmo as temperaturas mais baixas podem ser eficientes para a remoção de germes em muitas circunstâncias. Por exemplo, um estudo da lavagem de pratos contaminados de propósito com bactérias, à temperatura de apenas 24 graus Celsius, reduziu a «Escherichia coli» e a «Listeria innocua» a níveis aceitáveis quando as três etapas foram adequadamente realizadas – menos no caso de copos sujos com leite ressequido. Segundo o estudo, usar um agente higienizador mais concentrado na última fase também foi eficaz.
Fonte: Diário Digital
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