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“Surreal”. Mayan visita hospital fechado (e fala da destruição económica)

Tiago Mayan Gonçalves / Facebook

O candidato presidencial apoiado pelo Iniciativa, Liberal Tiago Mayan Gonçalves, esteve na terça-feira em campanha nas instalações do hospital fechado de Miranda do Corvo, tendo-o apontado como um cenário “surreal” num dos períodos mais difíceis da pandemia em Portugal. 

Nesta unidade hospitalar de Miranda do Corvo, não há falta de camas, de incapacidade de resposta, de doentes com motivos para se queixar por falta de condições. Além disso, não há sinais de doentes, médicos, enfermeiros ou auxiliares de saúde.

O hospital é propriedade da Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação profissional (ADFP). Em 2018, “estava para abrir”, e, no início de 2019, “ficou pronto”. Mas depois “entrou-se num processo de bloqueio” do Estado e da Autoridade Regional do Centro (ARS), de acordo com o Observador.

Em declarações aos jornalistas, o candidato lembrou que “os privados do setor social investiram dez milhões de euros” no hospital, que tem “todo um conjunto de valências que seriam necessárias neste contexto”, como aparelhos como ventiladores, salas cirúrgicas, consultórios de auscultação e equipamento para RX, TAC’s e ecografias.

“Independentemente das ideias e ideologias, independentemente de conceções sobre como deve ser o acesso aos cuidados de saúde, o Governo tem de começar a usar toda a capacidade de saúde instalada do país”, notando ainda que “a região Centro está a entrar num ponto de rutura, já ouvimos a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro dar conta disso mesmo, já ouvimos a Ordem dos Médicos dar conta disso mesmo e não entanto temos aqui um equipamento com valências únicas que não está a ser utilizado.”

Vi ventiladores fechados numa sala, que foram disponibilizados sem custos” para o Estado, continuou Mayan. “Deixou-me profundamente preocupado os equipamentos de diagnóstico oncológico que vi aqui parados. Porque estamos a perder o rasto ao diagnóstico oncológico e isso significa que vamos ter futuramente uma pandemia oncológica. Nada disto está a ser considerado quando falamos do combate à pandemia, mas o combate à pandemia tem também de ser um combate a outros problemas de saúde”.

Mayan voltou a a instar o Executivo a agir: “O Governo, através do ministério da Saúde, tem de falar com os privados, com o setor social, com a fundação que é dona desta hospital e pôr estes equipamentos ao serviço da população”.

Mayan adverte para destruição económica e social

Por causa da crise pandémica e do novo confinamento, Tiago Mayan passou parte das suas ações de campanha para o online e esteve à conversa com Vasco Mello, da Associação de Dinamização Baixa Pombalina.

Através de videoconferência, este responsável relatou um cenário de dificuldade para os comerciantes da baixa pombalina e revelou que, em consequência da pandemia e das medidas de confinamento, já fecharam 111 lojas, apontou ainda que as vendas desceram para os 20 a 30%, valor insuficiente para se manterem “à tona da água” e que, para além da restauração, também os setores do calçado e da moda estão a ser muito afetados.

As quebras estão relacionadas com a diminuição do turismo, mas também pelo teletrabalho que afastou muitos trabalhadores daquela zona da cidade. Segundo Mello, esta crise atingiu muito os negócios mais recentes, que crescerem à volta do turismo.

O responsável apontou dificuldades com o pagamento das rendas, muito inflacionadas devido ao mercado antes da pandemia, referiu que as moratórias são “adiar um problema”, que o resto dos apoios “têm vindo a conta gotas” e que as medidas anunciadas em dezembro, como o apoio ao arrendamento, “ainda não chegaram”.

Mayan disse, no final, não ter ficado surpreendido com o número de lojas que fecharam, “infelizmente”, e referiu que a “falta de respostas do Governo que anuncia medidas, mas que não as faz chegar ao terreno, acabam por descapitalizar estas empresas e levar ao efetivo encerramento porque já não aguentam”.

“Há evidentemente a questão do problema de saúde, mas está a acontecer muito mais por efeitos das medidas que estão a ser tomadas. A destruição económica e social está a acontecer no terreno”, afirmou.

O candidato liberal advertiu ainda que a “respostas anunciadas pelo Governo, mesmo que parcas, mesmo sendo poucas, não estão sequer a chegar às pessoas”.

Voltou, no entanto, a classificar as medidas anunciadas pelo Governo como “claramente insuficientes”. “Um Governo que decreta fechamento de atividades tem que assumir a total responsabilidade dessa decisão”, reforçou Tiago Mayan.

As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.

A campanha eleitoral termina em 22 de janeiro. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).

Fonte: ZAP

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