Ómicron vai empurrar “sistemas de saúde sobrecarregados para beira do abismo”
A Organização Mundial da Saúde voltou a alertar sobre novos surtos devido à covid-19. Esta terça-feira, o director da OMS na Europa, Hans Kluge, apelou aos países para se prepararem para um “surto significativo” nos casos de covid-19 à medida que a variante Ómicron se continua a espalhar.
Desde que surgiu no final de Novembro, a Ómicron foi detectada em pelo menos 38 dos 53 países da região europeia da OMS e já é dominante em vários deles, incluindo na Dinamarca, Portugal e Reino Unido.
“Podemos ver outra tempestade a chegar”, disse Hans Kluge, durante uma conferência de imprensa em Viena. “Dentro de semanas, a Ómicron irá ser [a variante] dominante em mais países da região, empurrando os sistemas de saúde já sobrecarregados para a beira do abismo”.
A região da Europa da OMS inclui a Rússia e outras antigas repúblicas soviéticas, bem como a Turquia.
Os dados da OMS mostram que a região registou nas últimas semanas o maior número de novos casos de covid-19 em comparação com a dimensão da população em qualquer lugar. A OMS recomenda que as doses de reforço da vacina sejam guardadas para os mais vulneráveis.
Segundo Kluge, a maioria dos casos de Ómicron na Europa têm sido relatados entre adultos na faixa dos 20 e 30 anos, espalhando-se inicialmente nas cidades em reuniões sociais e no local de trabalho. “O enorme volume de novas infecções por covid-19 pode levar a mais hospitalizações e a perturbações generalizadas nos sistemas de saúde e outros serviços críticos”, avisou Kluge. “Os governos e as autoridades precisam de preparar os sistemas de resposta para um surto significativo”.
A OMS afirmou na segunda-feira que a Ómicron está a espalhar-se mais rapidamente do que a variante Delta, causando infecções em pessoas já vacinadas ou recuperadas da doença
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