Investigadores da Universidade de Monash, Austrália, descobriram de que forma as nanopartículas de sílica podem ser manipuladas para combater infeções por fungos, como o Candida albicans.
O fungo Candida albicans pode ser fatal em pessoas doentes e com um fraco sistema imunitário. Este coloniza instrumentos médicos implantados no corpo, como o cateter, como fonte da infeção.
Numa busca por um combate mais eficaz à infeção, a equipa analisou a interação de nanopartículas de organosílica de diferentes tamanhos, concentrações e coberturas de superfície com o C. albicans e as células imunitárias no sangue.
Os investigadores observaram que as nanoparículas se ligam às células fúngicas, não sendo, contudo, tóxicas para estas. As nanopartículas também se ligaram às células imunitárias neutrófilos, mantendo a sua não-toxicidade.
Simon Corrie, líder do estudo, explica a descoberta: “Descobrimos que estas nanopartículas (…) podem ser interativas com outras células com interesse. Podemos alterar as propriedades da superfície ao adicionar-lhes coisas”, alterando assim a forma como interagem com as células.
Os investigadores revelam que ao imobilizar quimicamente um fármaco antifúngico, a caspofungina, nas nanopartículas, a interação destas com as células passou de não-tóxica para antifúngica, inibindo o crescimento do C. albicans.
A equipa sugere que as nanopartículas podem ser manipuladas para melhor direcionar e conduzir os fármacos de tratamento.
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