COVID-19: Enfermeiros querem reforço orçamental e mais autonomia para os hospitais
Em comunicado, a OE entende que, face à pandemia que Portugal está a enfrentar, a situação exige, além das medidas já propostas e anunciadas, que “se operacionalizem, de imediato, planos de resposta adequados à contenção e mitigação de transmissão hospitalar, atento o número significativo de profissionais que se encontram já em situação de quarentena”.
Assim, a OE criou uma lista de recomendações a nível nacional para serem implementadas nas unidades de saúde, as quais foram comunicadas, por ofício, ao Ministério da Saúde, apelando para a sua implementação.
Entre as recomendações genéricas, propõe-se “a criação de centros Covid-19, com equipas multidisciplinares exclusivamente dedicadas, permitindo uma clara e urgente separação entre suspeitos/infetados com a COVID-19 e os restantes utilizadores dos serviços de saúde”.
Propõe ainda a criação de um gabinete de crise do Ministério da Saúde, assessorado por técnicos especializados cedidos pelas ordens profissionais da Saúde.
A nível dos hospitais e serviços de saúde, a OE pede que seja garantido o reforço orçamental imediato com autonomia de gestão aos conselhos de administração e que seja suspensa toda a atividade cirúrgica programada, consultas e meios de diagnóstico não urgentes, na totalidade das unidades prestadoras de cuidados de saúde, seja público, privado ou social.
Outra das recomendações da OE vai no sentido de suspender as situações de acumulação de funções de todos os profissionais de saúde, com exceção daqueles que se encontram a prestar cuidados urgentes, como seja INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), centros de diálise ou outros.
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