Ter um ataque cardíaco não parece motivar os pacientes a adotar um estilo de vida saudável
A Sociedade Europeia de Cardiologia (SEC, ESC na terminologia anglo-saxónica) publicou, recentemente, no European Journal of Preventive Cardiology, as normas europeias para evitar novos incidentes cardíacos, revela um press release da ESC.
«A doença cardiovascular é o assassino número um do mundo, correspondendo a uma em cada cinco mortes na Europa», afirmou o principal autor, Massimo F. Piepoli, lembrando que «a maior consequência é o infarto do miocárdio» e que «uma em cada cinco pessoas que sobrevivem a um ataque cardíaco têm um segundo evento cardiovascular no primeiro ano mesmo a receber tratamento e cuidados ideais».
O documento de consenso descreve os passos que os pacientes e os profissionais de saúde podem tomar para prevenir infartos cardíacos recorrentes, entre os quais parar de fumar, praticar atividade física regular, comer alimentos saudáveis, tomar a medicação prescrita e controlar os fatores de risco, tais como pressão arterial elevada e colesterol.
Segundo a investigação EUROASPIRE, após um enfarte agudo do miocárdio 16% dos pacientes continuam a fumar, 38% permanecem obesos e 60% tem pouca ou nenhuma atividade física. Por outro lado, apenas metade dos pacientes são aconselhados a participar de um programa de reabilitação cardíaca, dos quais apenas 80 % realmente participam.
«Ter um ataque cardíaco é uma experiência perturbadora, mas não parece motivar os pacientes a adotar um estilo de vida saudável para evitar ter outra», disse Piepoli.
Ainda segundo o responsável, «há uma crença que o cuidado médico resolve tudo e os pacientes sentem que não têm que fazer nada. O desafio é convencer os doentes que a melhor maneira de prevenir outro ataque cardíaco é assumir a responsabilidade pela sua própria saúde».
Fonte: Univadis
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