Centros de saúde tiram enfermeiros a hospitais
Menos 35 enfermeiros quando nesta altura do ano deveriam ser mais, devido ao aumento de afluência de doentes nos serviços de Urgência. É este o cenário que se vive nas unidades do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, depois de os profissionais terem entrado ao serviço, a partir do dia 1 de fevereiro, nos diversos centros de saúde da região geridos pela Administração Regional de Saúde.
Segundo referiu ao CM Nuno Manjua, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), os profissionais “já não estão a trabalhar nos hospitais desde o início de fevereiro” e a sua substituição “já devia ter acontecido para existir uma boa integração nas equipas”. O problema agrava-se devido à ativação do pico da gripe.
“O plano de contingência foi ativado com aumento de camas em alguns serviços, abertura de camas no Centro Medicina Física e de Reabilitação do Sul, mas com menos enfermeiros”, denunciou ontem o SEP, que vai realizar plenários ainda este mês e que não exclui a hipótese de marcação de novas greves.
“O Governo e o ministro da Saúde parecem querer trilhar o mesmo caminho dos anteriores governantes de fazer mais com menos”, lamenta o Sindicato dos Enfermeiros, que denuncia ainda que o CHUA “está impedido de avançar com projetos no domicílio com garantia de mais segurança aos doentes por não ter enfermeiros”.
O CM questionou a administração hospitalar que confirma que 35 enfermeiros “ficaram colocados nos centros de saúde” no âmbito de um concurso nacional, garantindo que foram efetuadas “as diligências necessárias para a substituição destes profissionais, encontrando-se o processo a decorrer”.
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