Despacho é «anti reforma» dos cuidados de saúde primários
Os profissionais das Unidades de Saúde Familiar (USF) foram «surpreendidos negativamente» com o conteúdo do Despacho n.º 1194-A/2018, que define a abertura de 30 novas unidades e transição de 20 para o modelo B, e dizem mesmo que o diploma é «anti reforma» dos cuidados de saúde primários (CSP).
«Não bastando a ausência de publicação de despacho em 2017, o que levou à não criação de nenhuma USF nesse ano, o atual despacho vem inibir o desenvolvimento da reforma dos CSP, a criação de USF e a atribuição de equipas de saúde familiar aos cidadãos portugueses», considera a Associação Nacional das USF (USF-AN) num comunicado (Ver Comunicado).
Aquele organismo alerta que, no diploma publicado esta quinta-feira no Diário da República, «eliminou-se o conceito de “número mínimo” de USF a constituir, ponto positivo introduzido em 2016» e que há já 33 candidaturas a USF, quando a meta é de 30.
Por outro lado, a Associação sublinha que o Governo «limita a possibilidade de progressão para modelo B a 20 USF, apesar de haver já 67 candidaturas, 27 das quais homologadas pelas respetivas ARS, aguardando, algumas há mais de 1 ano, o início de funções».
Para os profissionais da USF , este Despacho «vem finalmente provar que os ministérios da Saúde e das Finanças não querem dar a todos os portugueses uma equipa de saúde familiar de qualidade», avançando a Associação que já agendou reuniões regionais com todos os profissionais das USF, estando igualmente a trabalhar numa agenda com os seus parceiros (sindicatos, ordens profissionais e autarquias), a fim de «alinhar uma estratégia interventiva que obrigue à alteração» do diploma.
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