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Sindicato diz que conduzir viaturas não faz parte das funções dos enfermeiros

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) defendeu na sexta-feira, em comunicado, que “conduzir viaturas não faz parte das funções e das competências” daqueles profissionais.

O comunicado do SEP surgiu em resposta às declarações do director do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Gerês/Cabreira, Jorge Cruz, que lamentou que alguns enfermeiros que ali prestam serviço “queiram exigir que o Estado lhes garanta motoristas para o exercício das suas normais funções”, para a realização de domicílios.

“Num momento em que os recursos materiais e humanos não são ilimitados, e em que Portugal, como de resto, muitos países, estão atingidos pela forte crise económica e financeira, muito lamentamos que alguns enfermeiros queiram exigir que o Estado lhes garanta motoristas para o exercício das suas normais funções”, referiu Jorge Cruz, em resposta escrita enviada à agência Lusa.

A polémica surgiu depois de os deputados do PS eleitos pelo círculo de Braga terem denunciado que a unidade de cuidados na comunidade (UCC) do Centro de Saúde de Vila Verde reduziu “abruptamente” o número de domicílios, “passando de 58 visitas semanais para apenas 25”.

Segundo os socialistas, aquela redução ficou a dever-se “à escassez de recursos humanos, sobretudo de assistentes operacionais, que desempenhavam a tarefa de motoristas” dos enfermeiros.

Para o SEP, Jorge Cruz, com estas declarações, demonstra “falta de respeito” pelos enfermeiros e pelos utentes aos quais aqueles profissionais prestam cuidados.

O SEP diz que Jorge Cruz “sabe, ou deveria saber” que conduzir viaturas não faz parte das funções e das competências dos enfermeiros.

Sublinha ainda o sindicato que os enfermeiros “não foram ou são responsáveis pela crise económica do país”.

Diz que, pelo contrário, aqueles profissionais têm sido “roubados”, seja no campo das progressões na carreira, seja nas “horas penosas”, seja no aumento do horário de trabalho para as 40 horas semanais.

“Ou seja, os enfermeiros já pagaram muito do seu bolso para endireitar o país”, acrescenta o comunicado.

O SEP diz ainda que aos enfermeiros “ninguém pode roubar a dignidade profissional nem a certeza de que, quando se revoltam e exigem condições de trabalho, estão também a fazê-lo em nome dos doentes/utentes e famílias”.

“A redução do número de visitas domiciliárias efectuadas pelos enfermeiros da unidade de cuidados na comunidade (UCC) de Vila Verde é da responsabilidade do Dr. Jorge Cruz”, remata o comunicado.

Na nota enviada à Lusa, Jorge Cruz lembra que aquelas UCC se constituem por iniciativa e adesão voluntária dos profissionais que compõem as respetivas equipas e sublinha que “em nenhuma circunstância” é exigido aos enfermeiros que executem domicílios sozinhos, “porque essa matéria é interna e da responsabilidade das equipas de trabalho”.

“Apesar disso, sempre que tal é possível, porque não há abundância de recursos, tem sido garantido o acompanhamento de um assistente operacional, com habilitação para condução, particularmente em unidades funcionais com um número reduzido de enfermeiros ou em que os mesmos não detêm tal habilitação”, conclui.

Fonte: Jornalenfermeiro.pt

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