opinião

AS PRIORIDADES DESTEMIDAS DOS ENFERMEIROS PORTUGUESES

CARREIRA DE ENFERMAGEM, DOENTES E SNS

Os ENFERMEIROS PORTUGUESES há muito tempo que definiram as suas prioridades, nas manifestações públicas que têm vindo a fazer, e particularmente, nesta que se aproxima – GREVE CIRÚRGICA

Em todos os momentos das nossas greves e manifestações, fazemo-las, porque precisamos de uma carreira nova de ENFERMAGEM. Porque exigimos justiça de reconhecimento salarial, de progressão e da penosidade em que praticamos a nossa actividade profissional. Mas também, porque somos poucos ENFERMEIROS por serviço e por unidade para cuidar, tratar e ouvir os nossos doentes e famílias. Porque há roturas de recursos humanos nos serviços. Porque, face ao cansaço e ao burnout a que os ENFERMEIROS PORTUGUESES estão a viver, há um risco potencial de acontecer e praticar o erro e causar dano ao nosso doente, e isso nós queremos evitar. Porque para nós os doentes não são números, são pessoas! Mas o Ministério da Saúde e o Governo não nos ouve, há muitos anos.
E também porque os ENFERMEIROS PORTUGUESES querem um Sistema Nacional de Saúde (SNS) com qualidade, com recursos, com investimento, com renovação de equipamentos e instalações, para que possa ombrear com a concorrência e com a clínica privada, porque a nível de recursos humanos, somos dos melhores.

Ouvi com atenção um excerto das declarações da Srª. Ministra da Saúde, Profª. Doutora Marta Temido, na Assembleia da República, em que faz uma alusão a que, no final do dia, os doentes estarão sempre primeiro. Tem razão em parte Srª. Ministra! Porque para os ENFERMEIROS PORTUGUESES, os doentes estão sempre primeiro e não só no final do dia, mas ao longo do dia e da noite, durante o seu ciclo vital, seja nos hospitais, centros de saúde, unidades ou no domicílio, seja no natal, ano novo ou carnaval, para nós estão sempre, sempre primeiro.
Quanto à parte política, Srª. Ministra, percebemos e todos sabemos que esta greve cirúrgica que se aproxima, vai ser um grande problema para o seu Ministério, para o Governo e para os políticos, quer no poder, quer na oposição, porque nunca em Portugal se viram confrontados com a espontaneidade de uma acção como esta, desencadeada por ENFERMEIROS, onde depois chegaram os Sindicatos. E não é pelo seu tom grave, ameaçador, próprio de quem agora se viu Ministra, que os ENFERMEIROS temem a sonoridade de tais palavras. Ouvimos, percebemos, mas não tememos. Nós percebemos que muitas vezes, todas essas palavras, são cenas de teatro, para tentar enganar a opinião pública, os correligionários, e desvalorizar o que se está a passar. Mas se o seu coração e os seus pensamentos falassem alto, veríamos todos, o temor que por aí circula.

O tempo dará razão às atitudes e dialéticas que vão sendo usadas de forma descartável, como o palco, a plateia e o cenário em que são encenadas.

Apenas, um humilde pedido Srª. Ministra da Saúde, seria interessante reler a sua tese de doutoramento, no que aos ENFERMEIROS e ao SNS diz respeito, e depois, sem amarras ou lóbis, implementar essas ideias. Aguardamos com serenidade a sua coragem.

Caros Colegas e ENFERMEIROS PORTUGUESES, sejamos responsáveis até ao último momento, como é nosso apanágio. Firmes e hirtos, porque nós seremos, sempre ENFERMEIROS. Os políticos e ministros tanto estão como deixam de estar. Têm sempre uma alta rotação.

Juntos somos mais fortes! Assim queiramos e saibamos sê-lo!

Humberto Domingues
Enf. Espec. Saúde Comunitária
2018.11.06 – 22h00

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